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domingo, 29 de março de 2020

Na sua família, quem pode morrer para a economia não parar?

Por Marcio Maranhão 
A incompetência de Bolsonaro em gerir o pais e manter as cadeias de produção e logística de alimentos, a exemplo do que fez e está fazendo todos os governos do mundo, está levando sua legião de imbecis, sob sua orientação, a propagar o desespero e o temor que a fome matará mais gente que o novo coronavírus se não voltarmos ao trabalho. 

Bolsonaro tem como única preocupação nesse momento de caos e dor, sua reeleição. E, para não ver seu projeto de poder desmoronar antes de ser construído, propõe ao povo brasileiro a convivência com o mal ao invés de combatê-lo, minimizando, como se isso fosse possível ignorando o vírus, os efeitos econômicos, nem que para isso morra metade da população. 

Para Bolsonaro, que se trata às custas do povo no melhor hospital do país, os danos de uma pandemia pode ser de fato comparado a um resfriado normal, ou uma gripezinha como prefere chamar, mas, para o cidadão comum, restará enterrar sem um ultimo abraço ou um velório digno, a dor da morte da mãe, do pai, um irmão, nossos avós, irmão ou até mesmo eu ou você. 

Quem da nossa família, estamos dispostos a sacrificar para a economia não parar e justificar a incompetência de Bolsonaro em fazer apenas o simples; administrar o país agora e não em um possível segundo mandato? Sem inventar a roda, basta copiar a prática de outros países, que passaram pela crise ou estão passando sem faltar alimentos ou qualquer produto de necessidade básica. 

Quem entregaremos da nossa família para morrer, para que Bolsonaro possa está bem com os eleitores quando as eleições presidenciais chegarem? 

Talvez não morra milhões, como predita as pesquisas mais pessimistas, mas ainda que morresse somente uma pessoa, para os seguidores de Bolsonaro não dói saber que é um filho de alguém, pai ou mãe de um brasileiro que nunca esquecerá o trauma de não ter dado aquele último abraço, de não ter chorado sobre seu caixão e ter lhe dado um enterro cristão, como é feito a todos, até mesmo aqueles não cristãos? 

Bolsonaro não precisa ir muito longe para ver os melhores exemplos. Muitos estados brasileiros tem garantido as rotas e toda a logística para quem produz e transporta alimentos, embora falte a coordenação nacional, porque as cadeias de produção são espalhadas em todo o país. Mas, imagine se o presidente resolvesse trabalhar em prol da nação e assumisse a liderança no combate do vírus? O quão logo passaríamos por isso e poderíamos voltar nossas vidas normais? 

Nunca haverá normalidade se não fizermos com urgência o que precisa ser feito agora. Mesmo que seja difícil o momento, é preciso a tempestade para depois bonança. Não é possível que o mundo todo esteja errado e o presidente Bolsonaro, considerado o mais inepto da história, esteja certo. 

Não esqueçamos que Bolsonaro não soube educar nem seus próprios filhos e não tem o controle da sua própria casa. Não sabe a gravidade de suas ações e o alcance de suas palavras, como poderia gerir a cadeia de produção e a logística de alimentos? Deixe como os governadores, eles já estão fazendo o certo e salvando vidas. 

Apenas deixe trabalhar quem sabe o que está fazendo. Nessas horas, muito ajuda quem pouco atrapalha!

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