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sexta-feira, 19 de junho de 2020

Tentativa de Cristino transferir responsabilidade por possíveis fraudes em concurso não decolou

Por Marcio Maranhão 
Não é necessário ser nenhum expert em direito e administração pública para identificar que no concurso de Araioses algo cheirava mal. 

Particularmente, sempre vi na propositura de tais certames em véspera de eleição apenas uma forma de ganhar dinheiro fácil. 

O prefeito Cristino, em plena pandemia e com tantos problemas adversos ao concurso, parece ter como intenção apenas duas coisas, igualmente ruins para o município: 

1.º Demonstrar que está cumprindo a promessa de campanha realizando o concurso público. Que por perseguição dos seus adversários não pôde concluí-lo. Explico: Um gestor que tem gasto milhares de reais dos araiosenses com assessoria jurídica, apresentar um processo seletivo com tantas falhas e que sabidamente terá dificuldades na realização e principalmente, empossar os candidatos que passarem, só pode estar agindo de má fé. O que parece ordinariamente, é que Cristino criou uma armadilha para os vereadores de oposição ou Ministério Público. 

Vereadores e MP, diante de tantos equívocos, ou se omitiriam em contrariedade a lei, ou agiriam de acordo com ela, levando a culpa pelo cancelamento e isentando Cristino por não ter cumprido mais essa de tantas outras promessas que fez nos palanques. 

2.º Outra hipótese, considera, um real interesse de Cristino em fazer tal concurso e ter a possibilidade de garantir uma portaria para membros da sua família e panelinha, como é comum a governos fracassados sem nenhuma chance de vitória nas urnas. 

A mim, parece mais evidente a primeira hipótese, exatamente porque em décadas, pela primeira vez na história o município possui uma oposição aguerrida, liderada pelo vereador Arnaldo, muito atuante e que se vale de muitos conhecimentos técnicos. Esse, grande defensor do funcionalismo público e ativista pela realização do concurso, jamais deixaria de encaminhar, exatamente como foi feito, os questionamentos suscitados para proteger os candidatos e assegurar que novamente a sociedade não fosse lesada. O Ministério Público, no que lhe concerne, na condição de fiscal das leis e guardião da sociedade, diante de erros tão grotescos jamais ficaria inerte. 

Cristino acreditou ter encontrado a justificativa perfeita; culpar o seu arquirrival por sua incompetência e derrocada pública. Mas novamente o povo não comprou as suas mentiras.

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