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quinta-feira, 11 de junho de 2020

Manoel da Polo em entrevista exclusiva desabafa e desafia Cristino a fazer um gesto de amor a Araioses

Manoel da posse como vice-prefeito - Uma 
das poucas vezes que esteve com Cristino.
Por Marcio Maranhão 
Em meio a pandemia, quando o prefeito e a secretária de saúde estão refugiados no Piauí e o município precisa de liderança para conduzir o enfrentamento à crise. A sociedade se pergunta por que Cristino, que com seu auto exílio se proclama incapaz de estar com os munícipes, não se licencia por três meses pelo menos, até o vírus se arrefecer, permitindo que o vice, assuma a linha de frente da administração. 

Embora não dependa da sua vontade e tenha rompido com o prefeito nos primeiros momentos em que se indicava que o novo governo municipal praticaria a velha política de seus antecessores, o vice-prefeito Manoel da Polo acusa o prefeito Cristino e sua equipe de primeiro escalão de abandonarem o município, no momento em que mais se precisa da presença e atuação dos gestores. 

Em entrevista exclusiva ao Blog Marcio Maranhão, Manoel lamentou a ausência de gestão na cidade: “Nós araiosenses estamos todos no mesmo barco, o que falta para uns é o mesmo que falta para todos: Saúde. E, infelizmente o barco está à deriva porque o prefeito e os principais secretários moram e estão isolados em outra cidade. Não fazem e não deixam ninguém fazer, porque sabem que se tivermos oportunidade, faremos o que não fizeram e não quiseram fazer até aqui. 

“Não depende da minha vontade, mas se a Câmara de vereadores votar, o Ministério Público propor e a justiça determinar, ou até mesmo o próprio prefeito tomar consciência e se afastar por três meses ou até que passe a pandemia, saibam que estou pronto para servir ao meu povo”, contou-nos o vice-prefeito Manoel da Polo. 

MM: O que poderia ser feito em tão pouco tempo, considerando o sucateamento da estrutura municipal, caso assumisse por decisão da câmara de vereadores ou determinação judicial? 

Manoel da Polo: Tenho uma equipe preparada em todas as áreas, filhos de Araioses, que gostam de trabalhar e amam nossa cidade. Na educação nada foi feito até agora, mesmo com lei aprovada e orientação expressa do FNDE para a distribuição de kits com merenda nas casas dos alunos, em meio à suspensão de aulas por conta do novo coronavírus. Sem falar no uso de todos os recursos economizados com as escolas fechadas e que não estão sendo colocados à disposição e em benefício da população. Na saúde, faríamos uma grande mobilização conjunta com todos os atores sociais que possam contribuir, irmanados com nossos profissionais da saúde que estão sofrendo sozinhos, abandonados pela prefeitura e expostos a todos os riscos que a pandemia trás. Ninguém sabe a quem recorrer. Cadê a secretária de educação, onde está a secretária de saúde, porque o prefeito está isolado em outro estado, em outra cidade? 

MM: Você considera que poderia ajudar mais se estivesse ainda no governo? 

Manoel da Polo: Não, de jeito nenhum, estar em um governo corrupto significa compactuar com ele. Quem é condescendente com isso não tem nenhuma condição de ajudar a cidade e nem ninguém. Eu deixei a iniciativa privada para poder ajudar o maior número de pessoas através da política e vida pública, e isso, só se faz com caráter e moral de quem passa pela política e não se suja com o jogo desse e de outros governos que já passaram por Araioses. 

Há muito tempo venho lutando contra a corrupção em Araioses, como empresário e líder de associação fiz inúmeras denúncias no governo de Luciana, como segundo vereador mais bem votado, combati os desmandos de Valéria Leal. E agora, mesmo na condição de vice, acumulo denúncias no Ministério Público Estadual, Federal e outras instituições de controle. Infelizmente, a única coisa que podemos fazer é denunciar e cobrar que os órgãos competentes façam sua parte. 

MM: O que você acha que deveria estar sendo feito pelo prefeito neste período de pandemia? 

Manoel da Polo: Tudo, a administração pública não pode parar, porque estamos cuidando da vida das pessoas. Os inúmeros contratos sem licitação e os mais estranhos aditivos, se aproveitando dos decretos de calamidade demonstram que se algo não está sendo feito, não é por falta de dinheiro. Qual a razão de comprar mobiliário para secretarias neste período, ou, comprar mais de 350 mil em cestas básicas do comercio de São Luiz, quando se poderia ajudar nossos irmãos comerciantes daqui; que estão todos passando por dificuldades, já que não precisava fazer licitação. 

Nós temos uma secretária de saúde enfermeira e um prefeito médico, eleito com a fé do povo e minha, que cuidaria especialmente da saúde da nossa gente. Eles mais do que ninguém, deveriam estar com as mangas arregaçadas e na frente de tudo por todos, como muitos gestores pelo Brasil, que mesmo sem serem médicos, estão na linha de frente. Se não pudessem, deixassem quem pode fazer. 

MM: Você considera que o governo municipal não está agindo bem no combate do vírus? 

Manoel da Polo: Se fosse verdade que todos esforços do governo estivessem voltados para a saúde dos araiosenses neste momento, teríamos algo para analisar, de forma crítica ou elogiosa, mas não há ação nenhuma, a não ser, ações paliativas obrigadas pela justiça. O resto é só omissão: Até a data de hoje, profissionais ainda reclamam da falta de EPI’s, demitiu médico e enfermeiro porque cobraram equipamentos, perseguem outros profissionais por exigirem melhores condições de trabalho, usam dinheiro do combate ao vírus pra pagar conta em posto de combustível. Sem falar nas outras áreas da administração: A cidade está suja, as ruas escuras e esburacas, falta remédio e equipamentos nos postos de saúde, os ônibus escolares que deveriam estar recolhidos na garagem nesse período para a manutenção, estão parados nos povoados, sujos e a mercê de vândalos, as escolas estão sendo depredadas e a merenda que era pra ter sido doada para os pais dos alunos estragou. O mato toma conta das estradas e até aqui na sede, no centro tem ruas tomadas por lixo e mato. Como podemos avaliar algum ponto positivo deste governo? 

MM: Manoel da Polo você é pré-candidato a prefeito de Araioses, o que o faz se considerar melhor que os demais que atualmente se apresentam também como pré-candidatos? 

Manoel da Polo: Sou pré-candidato a prefeito de Araioses sim. E desta vez não abro mão, porque já fiz todos os sacrifícios em ajudar e confiar em quem depois se mostrou apenas mais um aliado da velha política, que tem corroído nosso município, traindo a minha dedicação e a confiança dos araiosenses. 

Não acho que sou melhor que ninguém, mas penso que depois de errarmos tantas vezes nas nossas escolhas, acredito que não devemos mais votar em alguém apenas pra tirar o prefeito. Já passou da hora de sermos mais conscientes com nosso voto, olharmos a vida pregressa dos candidatos e planejarmos verdadeiramente o nosso futuro, com quem realmente tem um projeto de desenvolvimento para Araioses. 

MM: Muitos araiosenses estão acostumados ao político assistencialista, que compra votos e depois passa quatro anos refazendo com super margens de lucros seus gastos de campanha. O que um político como você que combate a corrupção e diz que não vende sua consciência e não compra votos, tem para oferecer para os araiosenses? 

Manoel da Polo: Eu só tenho para oferecer a minha história, que dar testemunho de quem nunca corrompeu e nem foi corrompido, de quem luta pela transparência e combate a corrupção até o limite. Deseja a libertação do nosso município das velhas práticas criminosas de gestores irresponsáveis, a independência do nosso povo através do empreendedorismo no campo e na cidade. 

Venho do interior de Araioses, do pequeno povoado Limoeiro, comecei aqui como camelô, vendendo boné e relógio na praça do mercado. Minha dedicação ao trabalho honesto e esforço em aprender, me permitiram ser um dos maiores empresários deste município, trajetória que deixei para me dedicar a vida pública. 

Como empresário pude ajudar muita gente, mas, vendo meus irmãos araiosenses, ano após ano sofrerem nas mãos de maus administradores, quis ajudar a todos. E isso só se faz por meio da política. 

Quero ser prefeito de Araioses para poder ajudar todos os meus concidadãos, mas não farei isso de qualquer jeito, e sim, do jeito certo. Se quisesse ser prefeito apenas pelo cargo, já o seria desde a primeira CPI (CP) da câmara, quando vereadores corruptos e que atualmente apoiam o prefeito, me propuseram criminosamente, que bastava lhes dar metade das secretarias e cargos para todos os seus parentes; que votariam pela cassação do prefeito. Não concordei e jamais concordaria em me vender e entregar o município nas mãos de delinquentes, muitos até de fora, que viriam assumir secretarias aqui. Ou isso, ou governar com a corda no pescoço, sob ameaça de ser também cassado ou cumprir os acordos escusos proposto por esses cidadãos, conhecidos dos araiosenses e que hoje estão do lado do prefeito e contra nosso povo. 

Passei pelo crivo da política e não me corrompi, quantos dos meus adversários podem dizer o mesmo? Sejam eles vereadores, ex-prefeitos, empresários ou servidores públicos? Podem pesquisar suas vidas e comparar. Para uns que nunca foram políticos, já se sabe que serão controlados, pois já comprometeram o município a terceiros. 

Faremos uma pré-campanha e campanha com os araiosenses de bem, que se somam todos os dias com a gente na luta contra o mal. Dos anticorrupção contra os corruptos, dos que querem construir um Araioses melhor, contra os que já estão vendendo o município mesmo antes de chegarem à prefeitura. 

MM: Para finalizar, você tem um projeto para Araioses? 

Manoel da Polo: Nosso projeto está sendo construído com as melhores cabeças deste município ou de pessoas que estão a serviço do bem de Araioses. Todas as áreas estão sendo minuciosamente pensadas e recebem a atenção de quem realmente ama Araioses. Pela primeira vez, um plano de governo está sendo escrito para ser colocado em prática e não somente copiado de algum lugar da internet como faziam nossos adversários, para apresentarem a justiça eleitoral como mero procedimento protocolar. Alguns nem sabem do que se trata e sua importância. 

Com bases em nossas causas que objetivam o desenvolvimento de Araioses por meio do empreendedorismo no campo e na cidade, com um forte olhar às nossas vocações e potenciais na agricultura, meio ambiente e turismo, somado ao combate a corrupção que desvia parte das nossas riquezas para atenderem interesses pessoais, é possível se conseguir em quatro anos o que não foi feito em décadas.

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