O Ministério Público do Maranhão determinou a interdição imediata das pontes Chico Sabino, Igarapé do Meio e Zoador, localizadas no trecho entre os povoados João Peres e Santa Rosa. A medida, tem caráter emergencial e preventivo, após vistoria da administração, que apontou risco iminente de desabamento das estruturas.
A Recomendação Preventiva nº 000230-264/2021, expedida pela 1ª Promotoria de Justiça de Araioses, sob responsabilidade do promotor John Derrick Barbosa Braúna. O documento destaca o precário estado de conservação das pontes e alerta para possíveis consequências graves à população caso medidas não fossem adotadas.
O problema é que essas pontes, que ficam no povoado João Peres, ligam várias comunidades à sede do município, sem as quais, o acesso de dezenas de famílias a serviços básicos como educação e saúde, já prestados de forma precária, fica quase impossível.
Sem a possibilidade da passagem de ônibus escolar e uma pequena ambulância pela ponte, crianças da ilha Santa Rosa a Algodões devem percorrer distâncias dobradas para chegarem à escola. E, em caso de emergência, a ambulância deve demorar pelo menos o dobro de tempo para chegar.
Tudo isso compromete a qualidade de serviços essenciais e dezenas de famílias que já são submetidas a atendimentos precários, resta mais abandono.
Enquanto isso, a administração que promete Super Parque de Vaquejada Municipal, Aeroporto Internacional e estrada ligando Araioses a Parnaíba pelo Goiabal, não consegue resolver o simples e o básico da população.
Para exemplificar, basta ver a situação das comunidades das Ilhas da Manga e Felão, também afetadas com a interdição das pontes. Essas comunidades sempre usaram como atalho à sede e ao Povoado João Peres, a travessia de barco e canoa pelo Rio Santa Rosa até o povoado Taperas, apenas três quilômetros de Araioses.
Taperas possui uma estrada de chão de 900 metros totalmente intrafegável, ambulância e ônibus escolares corriqueiramente quebram no trecho, que, passado dez meses de administração de Neto Carvalho, não recebeu uma pedra sequer, mesmo estando embaixo do bigode do prefeito.
Sem a estrada, a principal alternativa ficou inviável, restou uma volta impensável pelo povoado Capoeiras e Água Fria.
O Ministério Público reforçou que a negligência na conservação das estruturas pode acarretar riscos graves à população, além de eventual responsabilização administrativa e judicial dos agentes públicos envolvidos, caso ocorra algum acidente por omissão.

Nenhum comentário:
Postar um comentário