Saque apreendido com assessora presa na sexta-feira, 17, foi apenas o terceiro de um total de quatro, que seria concluído nesta segunda-feira, 20, beneficiando oito parlamentares
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OITO DEPUTADOS estão envolvidos no esquema de repasse de emendas ao Boi de Maracanã e à Companhia Catarina Mina |
Os R$ 400 mil apreendidos pela Polícia Federal em posse da assessora parlamentar Larissa Rezende Santos, na sexta-feira, 17, foi o terceiro de uma série de quatro saques em espécie, programados entre os dias 7 de outubro e esta segunda-feira, 20. Três desses quatro saques foram efetivados, totalizando R$ 1,5 milhão.
- no dia 7 de outubro, uma terça-feira, foram sacados R$ 500 mil;
- em 14 de outubro, outra terça-feira, mais R$ 500 mil foram sacados;
- na sexta-feira, 17, novo saque, de R$ 500 mil, que levou às prisões pela PF.
“Narra a Autoridade Policial, no auto de prisão sob análise, que ‘existem fartos elementos informativos indicando que o valor apreendido com os flagranteados é proveniente dos crimes de peculato e corrupção passiva, uma vez que os recursos eram destinados à realização de um evento alusivo ao dia das crianças, em 12/10/2025, o qual não foi realizado, tendo o montante sido indevidamente repartido entre os conduzidos e, possivelmente, outras pessoas ainda não identificadas’”, diz o Auto de Prisão em Flagrante encaminhado pelo Ministério Público ao Tribunal de Justiça.
O dinheiro era sacado pelos representantes da Companhia Catarina Mina, Ivan Jorge Madeira, e do Boi de Maracanã, Maria José de Lima Soares.
O relatório da Polícia Federal monitorou quatro saques em espécie, um deles programado para esta segunda-feira, 20, no valor de R$ 300 mil, e que, provavelmente, será abortado diante da prisão da sexta-feira, 17.
Pelo flagrante da Polícia Federal é possível saber que as duas instituições envolvidas emitiam notas fiscais para receber os valores das emendas – ficando com apenas 10% do total, incluindo recursos para pagamentos de impostos. No total, os dois repassaram à assessora parlamentar exatos R$ 1,2 milhão num intervalo de 10 dias.
- na peça da PF são citados oito deputados estaduais que, segundo a PF, foram ou seriam beneficiados com os repasses;
- a investigação pede a quebra dos sigilos bancário e telefônico de todos os envolvidos nas operações com as entidades.
Por envolver parlamentares, com prerrogativa de foro, o processo está sob a supervisão do Tribunal de Justiça do Estado.
Os três presos foram liberados após audiência de custódia, no sábado, 19.
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