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terça-feira, 23 de maio de 2023

Araioses: Depois de Tutoia, araiosenses também exigem concurso público já


Situação do município vizinho é semelhante à de Araioses em vários aspectos. Inclusive na tentativa de realizar um seletivo cheio de suspeitas, o que obrigou o Ministério Público a agir em defesa dos candidatos.

Em atendimento ao Ministério Público do Maranhão (MPMA), a Justiça determinou, no início do mês de maio, que o Município de Tutóia realize concurso público, em vez do processo seletivo simplificado aberto em março de 2022. A administração municipal também deve se abster da realização e renovação das contratações temporárias indicadas no certame anterior.

No prazo de 30 dias, a Prefeitura está igualmente obrigada a apresentar cronograma completo do concurso e publicar edital no prazo máximo de dois meses. O objetivo é viabilizar a homologação do resultado final e a nomeação dos aprovados ainda em 2023.

A multa por descumprimento é de R$ 2 mil diários, para cada determinação, estendendo solidariamente a responsabilidade ao prefeito Raimundo Baquil.

Araioses
No município de Araioses, a luta por concurso público tem sido uma bandeira do vereador professor Arnaldo, que por inúmeras vezes tem denunciado irregularidade na contratação de pessoal e uso eleitoral da máquina pública como cabide de emprego a aliados e formação de base para a campanha de 2024.

Presidente Denys
A luta por moralidade e transparência nas contratações, com a eleição do vereador Denys de Miranda na mesa diretora da câmara municipal, ganhou novos reforços. Vereadores pretendem unir-se a sociedade e exigir que Luciana realize o concurso público imediatamente.

Segundo os parlamentares, se tem muitos contratos e a folha de pagamento está inchada, é porque existe uma demanda por determinados serviços. E essas vagas não podem ser preenchidas apenas por aliados da prefeita, e sim, por todos que se acharem capazes e passarem por seus próprios méritos em um concurso público.

A realização de concursos públicos é fundamental para garantir a transparência, a eficiência e a legalidade na administração pública. No caso da prefeita de Araioses, a realização de um concurso público é necessária por várias razões importantes:

Legalidade e Constitucionalidade: A Constituição Federal do Brasil estabelece, em seu artigo 37, a obrigatoriedade do concurso público para ingresso em cargos e empregos públicos. Essa exigência visa garantir que os princípios da impessoalidade, igualdade, mérito e eficiência sejam observados, evitando a nomeação de pessoas sem critérios objetivos.

Contratar servidores sem a realização de concurso público é uma prática que vai contra os princípios fundamentais da administração pública, como a legalidade, a impessoalidade e a igualdade de oportunidades. Essa atitude por parte da prefeita de Araioses é preocupante e merece crítica por parte de todos nós.

terça-feira, 16 de maio de 2023

Bolsonaro desviou até bisteca comprada para indígenas que passavam fome

Índios yanomami desnutridos
Reportagem do Estadão mostra que 19 toneladas de bisteca compradas pelo governo Jair Bolsonaro para compor cestas básicas de indígenas nunca chegaram às comunidades do Vale do Javari, no Amazonas. Os contratos foram assinados entre 2020 e 2022 e seguem em vigor na atual gestão de Lula.

A carne congelada não teria nem mesmo um local para ser armazenada e conservada. O sumiço das bistecas foi confirmado ao jornal pelos indígenas que deveriam receber o produto e por um comerciante que deveria enviá-lo.

As cestas que efetivamente chegaram para 13.330 indígenas da região continham apenas produtos secos, como arroz, farinha e sabão. Os contratos no valor de R$ 568,5 mil foram assinados pela Funai.

Lula libera mais de R$ 7 bilhões para o PISO DA ENFERMAGEM. Veja quanto Araioses vai receber


Araioses receberá do Governo Federal mais de meio milhão, à mais, para pagar o piso da enfermagem.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou lei que libera R$ 7,3 bilhões para o pagamento do piso da enfermagem. A medida foi publicada na edição do Diário Oficial da União dessa sexta-feira (12), Dia Internacional da Enfermagem.

O projeto autoriza o repasse de recursos para estados e municípios como forma de assistência financeira para o pagamento do piso. Agora, o novo piso salarial dos enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de R$ 4.750, enquanto técnicos de enfermagem recebem no mínimo 70% desse valor (R$ 3.325) e os auxiliares de enfermagem e as parteiras, 50% (R$ 2.375).

O município de Araioses receberá exatamente R$ 591.648,79 (quinhentos e noventa e um mil, seiscentos e quarenta e oito reais e setenta e nove centavos), divididos em nove parcelas R$ 65.738,75.


Desde que tomou posse, o Governo Federal tem trabalhado para valorizar o papel dos profissionais que atuam na área da saúde. Em janeiro, o presidente sancionou o Projeto de Lei nº 1.802, que ajusta a legislação e define que agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias são profissionais de saúde.

A medida fortalece a atenção básica, estabelecendo direitos e valorizando a importância dos profissionais que atuam na ponta, próximos à realidade da população. No país, são 265 mil agentes comunitários, que atuam no campo da Saúde da Família, na prevenção de doenças e na promoção da saúde em ações domiciliares, comunitárias, individuais e coletivas. Além deles, outros 61 mil profissionais de combate às endemias atuam na vigilância epidemiológica, na prevenção e controle de doenças e na promoção da saúde.

Adicionalmente, o Governo Federal retomou o Mais Médicos e prevê a contratação de 15 mil profissionais até o fim do ano. Nesta terça, um edital para seis mil vagas em todas as Unidades da Federação foi publicado no Diário Oficial da União. As bolsas são de cerca de R$ 12,8 mil, acrescidas de ajuda de custo de moradia. O investimento previsto por parte do Governo Federal é de R$ 712 milhões neste ano.

Governo Lula acaba com PPI e Petrobras reduz os preços do gás, diesel e gasolina

Petrobras anuncia redução de 21,3% no gás de cozinha, 12,6% na gasolina e 12,8% no diesel.
Jean Paul Prates (Foto: SERGIO MORAES/REUTERS | Marcos Oliveira/Agência Senado)

247 – Nesta terça-feira (16), o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, revelou a nova estratégia comercial da empresa para a definição dos preços do diesel e da gasolina nas refinarias. O objetivo é considerar a participação da companhia e o preço competitivo em cada mercado e região. "A nova estratégia encerra a subordinação obrigatória ao preço de paridade de importação, mantendo o alinhamento aos preços competitivos por polo de venda, visando oferecer a melhor alternativa acessível ao povo brasileiro", disse ele.

A partir de amanhã (17), a Petrobrás reduzirá em R$ 0,44 por litro o preço médio de venda do diesel A para as distribuidoras, que passará de R$ 3,46 para R$ 3,02 por litro. Essa redução considera a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel. No caso da gasolina A, também a partir de amanhã (17), a Petrobrás reduzirá em R$ 0,40 por litro o seu preço médio de venda para as distribuidoras.

Jean Paul Prates ressalta a importância dos produtos da Petrobrás para a sociedade brasileira e destaca que a formação de preços busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio.

O presidente da Petrobrás reforça que a empresa continuará seguindo as referências de mercado, sem abrir mão das vantagens competitivas decorrentes de sua grande capacidade de produção e estrutura de escoamento e transporte em todo o país.

"Essas medidas têm como objetivo contribuir para a estabilização dos preços dos combustíveis e oferecer uma alternativa mais acessível aos consumidores brasileiros. A Petrobrás estará atenta aos desdobramentos do mercado internacional e às condições cambiais, buscando sempre equilibrar as necessidades da população e a viabilidade econômica da empresa", disse ele.

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Prefeito de Urbano Santos vai responder por mau uso de verbas do Fundef


Uma investigação será iniciada para acompanhar a aplicação dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) pelo prefeito de Urbano Santos, Clemilton Barros, do PSC. A necessidade de fiscalização surgiu em relação aos professores do município.

Foi instaurado um procedimento administrativo para acompanhar o uso dos recursos do Fundef e garantir que os professores estejam recebendo o valor devido. O Ministério Público do Estado do Maranhão (MPMA) promoverá as diligências necessárias para garantir o cumprimento do objetivo.

A investigação tem como finalidade acompanhar a aplicação dos recursos do Fundef para assegurar que os professores de Urbano Santos estejam recebendo o valor correto.

Qualquer irregularidade encontrada durante a investigação pode resultar na instauração de um inquérito civil ou em ações judiciais correspondentes.

Advogados voltam às urnas para iniciar a escolha do novo desembargador do MA


A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Maranhão (OAB/MA), realiza nesta terça-feira (16), a nova eleição para a vaga de desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão pelo Quinto Constitucional.

O pleito ocorre depois de a eleição que foi realizada no fim do mês de abril ter sido suspensa pela Justiça Federal e anulada posteriormente pelo Conselho da Ordem.

Ao todo 36 candidatos ao posto que haviam participado do primeiro processo, anulado pelo Conselho da Ordem em sessão realizada na manhã de ontem, estão garantidos no novo pleito.

Do total de candidatos, 12 serão escolhidos na consulta pública realizada pelos profissionais da advocacia maranhense.

Depois disso, o Conselho da OAB/MA definirá uma lista sêxtupla, que será encaminhada ao TJMA. No Tribunal de Justiça, os desembargadores vão definir uma lista tríplice e a encaminhar para o governador Carlos Brandão (PSB), que por fim, escolherá e nomeará o novo desembargador da Justiça Estadual.

Novo sistema de votação
Depois de uma série de falhas no primeiro pleito e de críticas à plataforma ElejaOnline, a OAB/MA decidiu substituir o sistema de votação. A entidade anunciou o sistema Helios, que é gerenciado pela Universidade Federal de Santa Catarina, como nova plataforma de votação para o pleito que será realizado na terça-feira, das 8h às 17h.

A mesma ferramenta, segundo a Ordem, é utilizada para eleição do Ministério Público Federal e da OAB de Santa Catarina.

Formato
A votação ocorrerá novamente no modo online nos exatos termos do item 7.2 do Edital e artigo 14 da Resolução, ambos com a numeração 001/23, mediante a utilização de certificado digital do advogado ou advogada.

No dia da eleição, serão aceitos os certificados tipo A1 ou A3. Os escritórios compartilhados estarão à disposição para a advocacia exercer seu direito ao voto.

Anulação
A anulação da primeira etapa do processo de escolha do novo desembargador oriundo da advocacia maranhense ocorreu depois de o pleito ter sido suspenso pela Justiça Federal.

Uma ação ingressada pelo candidato Marcio Almeida apontou uma série de irregularidades no processo, a exemplo da participação de profissionais inadimplentes, o que estava vetado pelo edital e por uma resolução da Ordem.

O advogado também questionou a transparência do processo. Ele disse, por exemplo, que não houve divulgação de quantitativo de votos recebido por cada um dos candidatos nas subseções da Ordem. O pleito foi realizado pela internet, por meio do ElejaOnLine.

Foi somente depois da suspensão determinada pela Justiça Federal, que o Conselho da Ordem se reuniu e deliberou pela anulação da primeira etapa do processo.

O presidente da entidade, Kaio Saraiva, justificou a medida: “Meu compromisso não é com o erro, mas sim com a advocacia, com a instituição e com os processos conduzidos por essa Casa”.

A OAB/MA admitiu falha, com a participação no pleito de advogados inadimplentes e inaptos ao voto.

Foram inseridos de forma errada na lista de aptos ao voto, 500 advogados. Destes, 288 votaram no pleito. Por isso a anulação do processo.

Do Imirante.com

Cuidado Araioses, TCE está em campo investigando funcionários fantasmas

TCE está em Tuntum investigando funcionários fantasmas da gestão passada

O Tribunal de Contas do Estado do Maranhão está em Tuntum investigando supostas irregularidades da gestão anterior.

Segundo foi apurado pelo blog uma equipe de auditores do TCE do Maranhão chegou nesta segunda-feira (15), e um dos focos das investigações são as contratações de funcionários na gestão passada, os chamados ‘funcionários fantasmas’.

A oposição realizou várias denúncias contra supostas irregularidades na gestão do ex-prefeito Cleomar Tema nas contratações de funcionários onde alguns deles, segundo a oposição, constavam na folha de pagamento com salários superiores a 8 mil reais.

Agora a população espera que o Tribunal de Contas investigue as denúncias e, se confirmada de fato as irregularidades, os culpados sejam punidos.

Agora é lei, Câmara aprova aquisição de colete balístico para Guarda Municipal de Araioses

imagem da internet meramente ilustrativa
De autoria do vereador Prof. Arnaldo, o projeto de lei 708 prevê obrigatoriedade no fornecimento de colete à prova de balas aos Guardas Municipais de Araioses.

Por nove votos a favor, o projeto de lei foi aprovado na sessão ordinária do dia 27 de abril de 2022 e aguarda apenas a execução do município de Araioses.

Para o parlamentar autor do projeto, o colete à prova de balas deveria ser considerado um EPI - Equipamento de Proteção Individual. “A legislação trabalhista determina que todos e quaisquer trabalhadores (indústria, construção, lavouras, etc.) têm a necessidade de utilizar equipamentos de segurança que os protejam contra os riscos da profissão. Para os operários da construção é necessária a utilização de luvas, óculos, capacetes, etc. para realizar certas atividades que colocam em risco sua integridade física. Da mesma maneira, trabalhadores da segurança pública deverão possuir e estar treinados para o uso de coletes à prova de balas, a fim de se proporcionar proteção dos riscos desta categoria profissional”, enfatizou Arnaldo.

Os coletes deverão ser de uso individual, levando-se em consideração a compleição física de cada usuário e a durabilidade do produto.

Tais equipamentos deverão ser utilizados durante o respectivo prazo de validade e, findo esse prazo, seja efetiva a sua regular substituição.

A Constituição Brasileira diz que a segurança pública é um dever do Estado, além de direito e responsabilidade de todos. Pensando assim, o município de Araioses não deve ficar insensível à questão da segurança pública, pois é notório que, com o passar do tempo, os nossos agentes de segurança desempenham um papel mais difícil, em razão dos crescentes índices de criminalidade que assolam o país.

Segundo a Constituição Federal, em seu art. 7º, inciso XXII: “são direitos dos trabalhadores, além de outros que visem a melhoria de sua condição social, a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança”.

“O colete à prova de balas é um equipamento imprescindível para os profissionais de segurança, expostos pelas condições de trabalho, vítimas de disparos de armas de fogo”, justificou o vereador Prof. Arnaldo.

Araioses: Justiça Federal impõe derrota a Luciana, que pretendia anular portaria do MEC e cancelar reajuste dos professores em todo o país

A Justiça Federal negou o pedido liminar da prefeita de Araioses, Luciana Trinta, que pleiteava a anulação da portaria 017/2023, de janeiro deste ano, expedida pelo Ministério da Educação, que estabelece o reajuste dos professores em 2023 no percentual de 14,95%.

A Justiça Federal entendeu pela constitucionalidade da portaria do Ministro Camilo Santana e com isso o município de Araioses, torna-se obrigado a cumprir os acordos firmados pelo Ministério Público conforme ata e lei municipal.

Em 2022, os professores passaram por situação semelhante e foram obrigados a irem para as ruas protestar para que o direito, garantido pelo Governo Federal e regulado por lei municipal, fosse respeitado pela prefeita. Na época, após muita reluta por parte da gestora municipal, Luciana firmou acordo com o MP, declarando que passaria a respeitar o direito dos professores em cada classe e nível.

Infelizmente não foi o que aconteceu, estamos em meados de maio, e a prefeita não só não honrou o que disse, como ajuizou a presente ação em discursão, que se exitosa, cancelaria o reajuste dos professores em todo o país.

Araioses entraria para a história, um município pequeno, pobre e sem educação, lutando contra a valorização dos professores e consequentemente a melhoria da educação.

Tal como ocorreu em 2022, quando o Ministério da Educação anunciou o reajuste de 33,24%. O Governo Federal repassou desde o mês de janeiro de 2023, milhões de reais a mais aos cofres da prefeitura de Araioses, para que o reajuste dos professores fosse garantido pela atual gestão.

Nada até o momento garante que a prefeita se convença que o dinheiro não é dela e sim dos professores, que aguardam pacientemente a solução do empasse.

A 6ª Vara Federal Cível da SJMA analisou que a ausência de uma lei nacional específica para regular o piso dos professores, não representa inexistência de regulação. A própria Consultoria do Ministério da Educação propôs a utilização do piso estabelecido na Lei n. 11.738/2008 e o critério de atualização previsto na Lei n. 11.494/2007, ainda que revogada.

Desta forma, entende-se que faltou boa vontade da prefeita de Araioses com os educadores do município. Considerando que a própria decisão do Tribunal, esclarece que bastava consultar, como foi resolvido o mesmo impasse ano passado. E que qualquer decisão diferente da posta, seria danosa para os interesses da sociedade.

Confira na íntegra a decisão:


PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL
Seção Judiciária do Maranhão
6ª Vara Federal Cível da SJMA
PROCESSO: 1014508-18.2023.4.01.3700

CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)
POLO ATIVO: MUNICIPIO DE ARAIOSES
REPRESENTANTES POLO ATIVO: DANIELE DE OLIVEIRA COSTA - MA9688
POLO PASSIVO:UNIÃO FEDERAL


DECISÃO


Trata-se de ação ajuizada sob o procedimento comum pelo MUNICÍPIO DE ARAIOSES contra a UNIÃO, objetivando, em sede de tutela de urgência, a suspensão dos efeitos da Portaria 017/2023 do Ministério da Educação, que apresenta reajuste do piso salarial nacional para o magistério público da educação básica valendo-se da Lei 11.494/2007, que foi revogada pela Lei 14.113/2020.

Argumenta o autor, em síntese, a necessidade da edição de lei específica para o caso, que até o presente momento não ocorreu.

Passo a decidir.

Inicialmente, afasto a ocorrência de prevenção, conexão, litispendência ou coisa julgada em relação aos processos listados pelo sistema PJe, por se tratar de demandas com objeto diverso do discutido neste feito.

A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito afirmado e, cumulativamente, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (art. 300 do Código de Processo Civil).

No caso presente, examinados os termos da inicial e a documentação vinda de modo superficial, como é próprio desta sede de cognição provisória, concluo que o autor não merece acolhida em seu pleito urgente.

Conforme se extrai do Parecer n. 1/2023/CGVAL/DIFOR/SEB/SEB, que consubstanciou a Portaria n. 01/2023, ora impugnada, é imperiosa a necessidade de edição de nova lei que estabeleça piso nacional para os profissionais do magistério público de educação básica e disponha sobre os critérios de reajuste, regulamentando, assim, o artigo 212-A, inciso XII, da Constituição Federal.

Todavia, enquanto a referida lei não é promulgada pelo Congresso Nacional, para que não ocorra vácuo normativo, a Consultoria do Ministério propôs a utilização do piso estabelecido na Lei n. 11.738/2008 e o critério de atualização previsto na Lei n. 11.494/2007, ora revogada.

Observe-se que idêntica solução foi adotada no ano de 2022, por intermédio da Portaria n. 67/2022, conforme se extrai do Parecer n. 2/2022/CHEFIA/GAB/SEB/SEB.

A adoção de solução distinta, no sentido de declaração de ilegalidade da referida portaria, à míngua de outro diploma normativo que regule o tema, pode causar efeitos deletérios à implementação do referido direito fundamental, visto que cada ente municipal poderia fixar o piso que melhor lhe aprouvesse, vulnerando o princípio da isonomia e causando significativa insegurança jurídica no trato da referida matéria.

Posto isso, indefiro o pedido de tutela de urgência.

1. Intime-se o autor.

2. Intime-se e cite-se a ré, que, em sua resposta, deverá esclarecer se têm interesse em produzir provas.

3. Com a resposta, intime-se o autor para réplica e para que diga se têm interesse em produzir novas provas além daquelas acostadas aos autos, esclarecendo sua pertinência e utilidade ao deslinde da controvérisa.

4. Nada sendo requerido, façam-se os autos conclusos para sentença.

São Luís, data e juiz prolator conforme assinatura eletrônica.

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Araioses: Câmara aprova requerimento de CPI para investigar folha de pagamento no governo de Luciana Trinta

Com os votos contrários dos vereadores Luizão e Maria de Jesus, além da abstenção do vereador Alex do Giquirí, a Câmara Municipal de Vereadores, aprovou na sessão ordinária dessa terça-feira, 9 de maio, a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI, para investigar a folha de pagamento da prefeitura de Araioses.

O requerimento é de autoria do vereador Júlio César e foi endossado com a assinatura dos parlamentares Denys de Miranda, Professor Arnaldo, Telson Leal, Nataniel da Pesca, Oziel de Canárias, Kelson do Dadá, Rodrigo da Funerária, Zé Roberto.

 

A suspeita é de comprometimento indevido do orçamento público, com inúmeros contratos, visando tão somente a reeleição da atual gestora em 2024, em detrimento do interesse público, considerando que muitos contratados não desempenham suas funções ou estão em desvio de finalidade.

CPI é a sigla para Comissão Parlamentar de Inquérito. Trata-se de um instrumento previsto na Constituição brasileira que tem como objetivo investigar fatos específicos de relevância pública. É uma ferramenta utilizada pelo Poder Legislativo, tanto no âmbito federal quanto estadual e municipal.

A CPI é composta por parlamentares, que são designados para investigar determinado tema ou escândalo. Durante a investigação, a CPI tem poderes de investigação equiparados aos de autoridades judiciais, podendo convocar pessoas para prestar depoimentos, solicitar documentos, realizar diligências e analisar provas.

O objetivo principal de uma CPI é apurar a veracidade dos fatos e a responsabilidade dos envolvidos. Os resultados obtidos podem levar à tomada de medidas corretivas, como mudanças na legislação, indiciamentos, recomendações para processos judiciais, entre outras ações.

As CPIs são importantes mecanismos de fiscalização e controle do poder público, permitindo que o Legislativo exerça sua função de investigação e controle sobre o Executivo. Elas têm sido frequentemente utilizadas para investigar casos de corrupção, desvio de recursos públicos, violações de direitos humanos, entre outros assuntos de interesse público.

segunda-feira, 8 de maio de 2023

No Maranhão, conflitos na terra da ministra Sônia Guajajara mataram 23 indígenas em 4 anos

Área de conflitos desde a sua criação, na década de 1980, a Terra Araribóia, origem da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, no Maranhão, registra aumento na violência desde o ano passado. Nos dois primeiros meses deste ano, foram dois ataques. Três pessoas morreram — dois líderes indígenas e um motorista da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), casado com uma mulher da aldeia.

A TI Araribóia é berço do projeto Guardiões da Floresta, pelo qual os indígenas fazem rondas de proteção. Desde o fim de 2012, os guardiões fecharam mais de 70 vias ilegais de acesso à floresta, atraindo a ira dos madeireiros. Em 2015, um incêndio consumiu 50% do território, destruindo as roças e levando insegurança alimentar aos indígenas na área, a segunda maior reserva do Maranhão. Calcula-se que quase dez mil indígenas dos povos das etnias Tenetehara/Guajajara e Awá-Guajá habitam a TI.

Em setembro do ano passado, houve o sexto assassinato de um guardião: Janildo Oliveira Guajajara foi morto com um tiro nas costas. Levantamento do GLOBO com base nos dados do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) mostra que 23 indígenas foram assassinados nos últimos quatro anos no Maranhão (2019 a 2022), estado que abriga 22 terras indígenas e já desmatou 75% da floresta amazônica que havia em seu território. Nos últimos anos, a destruição se alastra também na faixa de transição do cerrado.

As terras indígenas formam os últimos núcleos de proteção ambiental de florestas no Maranhão. A faixa de floresta Amazônica fica espremida na divisa com o Pará e sofre pressão dos dois lados.

Há uma única área de proteção federal no Maranhão, a Reserva Biológica do Gurupi (Rebio), que já foi 30% desmatada e é constantemente invadida por criadores de gado e madeireiros. Em 2021, a Operação Rio das Onças detectou 35 hectares de desmatamento, bovinos pastando irregularmente na reserva e serraria clandestina operando no município vizinho de Buriticupu. Em 2015, foi assassinado na Rebio Raimundo Santos Rodrigues, conselheiro do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Líder em conflitos
Os conflitos e invasões de terra assombram o Maranhão, e os indígenas são as principais vítimas. Dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) mostram que o estado teve no ano passado o maior número de conflitos dentro da Amazônia Legal — foram 178 registros, seguido pelo Pará (175), Amazonas (152) e Mato Grosso (147) —, sendo que as mortes chegaram a sete. O estado sofre ainda com conflitos decorrentes do acesso à água: com 26 casos no ano passado, atrás apenas do Pará, com 51.

Na TI Araribóia vivem grupos isolados do povo Awá, o que torna mais difícil contabilizar as mortes e a violência contra eles. Um estudo feito pela ONG Greenpeace mostra que os assassinatos de indígenas no Maranhão não costumam resultar em punição: entre 2003 e 2019, foram registrados 57 homicídios, sem sentença condenatória relativa aos casos.

— A vida é difícil aqui. Quando queimamos algum material dos madeireiros dentro das nossas terras, somos incriminados e nos tratam como bandidos. Não se pode incriminar quem defende a vida, a natureza — diz Olímpio Santos Iwyramu Guajajara, um dos guardiões.

Iwyramu relata vários tipos de invasão. Há os que entraram para retirar de resina de Almesca, mais conhecida como Breu — usada como anti-inflamatório e pela indústria de cosméticos —, a sementes de cumaru, a “baunilha” da Amazônia, usada no setor alimentício. O principal, porém, sempre foi o mais fácil para os invasores: o corte de madeira nobre.

Maconha de invasores
Não restou, por exemplo, ipê ou cedro dentro da reserva, mas em 2021 a PF achou 12 mil pés de maconha e 5,5 mil mudas cultivadas dentro da TI por invasores.

— Não estamos defendendo apenas o que é nosso. É preciso parar de desmatar para amenizar a questão climática. Sozinhos não vamos conseguir — completa o guardião.

Do lado do Pará, o governo federal deu prazo até 31 de maio para saída de cerca de 1.600 não indígenas que ocupam áreas dentro da TI Alto Rio Guamá — homologada em 1993, a TI abriga 2.500 indígenas dos povos tembé, timbira e kaapor, em 42 aldeias.

Segundo o Ministério Público Federal do Pará, entre os invasores muitos praticam atividades ilícitas, como plantio de maconha e exploração ilegal de madeira. A retirada foi determinada pela Justiça Federal em 2014, mas só agora deverá ser cumprida. Se não deixarem o local voluntariamente até o fim deste mês, a desocupação será compulsória.

Soja e gado
Gilderlan Rodrigues, da regional do Cimi no Maranhão, diz que a escalada da violência acompanha os conflitos. Plantações de soja e gado têm se expandido dentro de terras em processo de demarcação, como TI Kanela-Apãnjekra e Kanela-Memortumré. Pelo menos 83 fazendas foram identificadas em três TIs.

A ministra Sonia Guajajara afirma que a situação o Maranhão preocupa, mas lembra que o problema se repete em todo o país. Segundo ela, a política de proteção aos indígenas e seus territórios está sendo traçada junto com o Ministério do Meio Ambiente. A TI Araribóia foi inserida entre as oito que receberão apoio da Funai este ano para retirada de invasores. As demais são as TI Yanomami, Karipuna, Uru-Eu-Wau-Wau, Kayapó, Mundurucu e Trincheira Bacajá. Novos programas deverão entrar no orçamento de 2024.

E está de volta o Conselho Nacional de Política Indigenista, com representantes de todos os estados.

— É no conselho que serão discutidas as prioridades. Temos apenas três meses de ministério. É difícil dar resposta imediata para uma demanda crônica e reprimida de muitos anos — diz ela.

Em março passado foi lançado um grupo de trabalho com o governo do Maranhão, o Ministério Público e a Justiça para garantir policiamento no entorno das terras indígenas e andamento nas investigações dos homicídios. (O Globo)

quarta-feira, 3 de maio de 2023

Presidente Denys abre as portas da câmara para a comunidade. Primeira ação será uma exposição da COART

“A câmara de vereadores é a casa do povo de Araioses, mas isso só se concretiza se ela estiver de portas abertas a toda a comunidade. E as pessoas passarem a se sentirem à vontade e serem bem tratadas aqui.

Deixaremos muitas ações concretas ao longo da nossa administração, mas o que mais nos importará será o que ficará de legada na vida e nos corações dos cidadãos, porque nossa marca será acima de tudo; o gostar e cuidar das pessoas”, enfatizou o presidente da câmara de vereadores Denys de Miranda, por ocasião da reunião com a cooperativa de artesãos de Araioses – COART, que foram homenageados com uma moção de aplausos, na sessão ordinária de 2 de maio de 2023.
Segundo o presidente, a câmara como sede do poder legislativo municipal, a exemplo dos vereadores que vivem o dia a dia do município, não pode estar desassociada do contexto social dos araiosenses, por isso durante sua gestão, a casa do povo estará aberta ao povo, para consulta aos profissionais técnicos, visita de estudantes e populares para conhecer a história, assistir à rotina dos parlamentares, conversar com seu vereador, usar a tribuna popular e agora expor suas artes e promover eventos que sejam compatíveis com o espaço.

Com esse novo projeto, o presidente Denys abre as portas da câmara para receber de forma gratuita instituições como a COART, que reúne mulheres da zona rural e da sede na produção de arte por meio do artesanato sustentável, na valorização de insumos encontrados na região.

A COART também promove oficinas e qualifica outros artesãos e pessoas que queira iniciar na arte do artesanato.

Segundo dona Conceição, uma das líderes da cooperativa, o objetivo é gerar renda para a cidade e independência financeira para as famílias envolvidas no projeto. Promover a cultura e a diversidade do município de Araioses através do artesanato.

Para o vice-presidente da câmara de vereadores, Prof. Arnaldo, a iniciativa inédita do presidente da casa e de todo o Poder Legislativo Municipal, aproxima o cidadão e representa uma contribuição enorme para aqueles que com seus esforços próprios, faz a diferença para Araioses.

“Mesmo sem o apoio da prefeitura, tão importante para quem está começando, muitos araiosenses têm feito trabalhos extraordinários em várias áreas, como no esporte e nas artes, engrandecendo o nome de Araioses e promovendo o nosso município em outras cidades e estados pelo país”. Pontuou prof. Arnaldo.



terça-feira, 2 de maio de 2023

Trabalhadores de todas as categorias foram às ruas de Araioses protestar contra gestão de Luciana Trinta


O dia do trabalhador em Araioses foi marcado por protestos de várias categorias e entidades representativas, que em conjunto, promoveram ato público na praça do Mercado e seguiram em carreata pelas ruas de Araioses, encerrando as manifestações na Praça Nossa Senhora da Conceição, próximo ao Viva.

O Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador é comemorado anualmente em 1º de maio em diversos países do mundo. No Brasil é feriado nacional, assim como em Portugal, Rússia, França, Espanha, Argentina, entre outras nações.
















A data comemora a luta dos trabalhadores que reivindicaram melhores condições trabalhistas. Graças à coragem e persistência dessas pessoas, os direitos e benefícios atuais dos quais usufruímos foram conquistados.

Este dia propicia um momento para empregados e empregadores refletirem sobre as legislações trabalhistas, normas e demais regras de trabalho.

Em Araioses, trabalhadores rurais, pescadores, empregados privados e servidores públicos, foram às ruas comemorarem suas conquistas e reivindicarem por direitos ainda não observados por empresas e instituições públicas.

Oportunamente, unirão vozes com os professores da educação municipal, que estão em greve desde o dia 10 de abril do corrente ano, reivindicando o pagamento do reajuste anual concedido pelo Governo Federal e já depositado nas contas da prefeitura desde janeiro. Além de segurança nas escolas para estudantes e servidores. E mais, respeito e valorização dos profissionais que fazem a educação do município.

















Desembargador maranhense alvo de operação da PF por venda de sentença se aposenta


O desembargador maranhense Cândido Ribeiro teve a aposentadoria por invalidez publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (2/5). Ele atuava como juiz do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília. Ribeiro tornou-se alvo de operação da Polícia Federal, este ano, por suspeita de vender sentenças a traficantes internacionais de drogas.

Também por causa disso, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu, de ofício (sem provocação externa), reclamação disciplinar contra o desembargador.

Cândido Ribeiro (foto em destaque) e seu filho, o advogado Ravik Bello Ribeiro, foram alvo das operações Habeas Pater e Flight Level 2, deflagradas pela PF em 14 de março, com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde os magistrados federais de segunda instância possuem foro privilegiado. Na ocasião, os policiais apreenderam R$ 270 mil em espécie em um dos endereços de Ravik.

A reclamação disciplinar integra o estágio inicial de investigação contra magistrados no CNJ. Ela partiu do corregedor nacional de Justiça, ministro do STJ Luís Felipe Salomão, que destacou haver suspeita de envolvimento do magistrado em crimes de corrupção ativa, organização criminosa voltada para o tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e delitos contra o sistema financeiro.

“O TRF1 também foi oficiado para, no prazo de 48 horas, a contar da publicação da decisão, prestar informações sobre os pedidos de providências e processos administrativos que envolvem o desembargador e que tenham como fundamento as situações relacionadas às operações policiais”, informou o CNJ.

Com a aposentadoria, Cândido Ribeiro manterá o salário mensal de R$ 36.663,50. Cândido Ribeiro e o filho, o advogado Ravik de Barros Bello Ribeiro, são suspeitos de comandar um esquema de venda de sentenças em favor de um grupo de traficantes que movimentou cerca de R$ 60 milhões nos últimos anos, com a compra e venda de imóveis, carros, jóias e criptomoedas. Caso pai e filho sejam condenados, podem pegar até 12 anos de prisão.

As investigações
As investigações começaram em 2021, com a primeira fase da Operação Flight Level, que foi montada após um traficante internacional de drogas ter sido flagrado com 175 quilos (kg) de cocaína em Lisboa. A droga havia sido transportada em um avião executivo que partira de Belo Horizonte.

Na segunda fase da operação, a PF disse haver indícios segundo os quais os investigados fariam parte de uma “organização criminosa maior, voltada ao tráfico internacional de drogas, à lavagem de dinheiro e à prática de crimes financeiros”.

De acordo com a Receita Federal, que colabora com o caso, parte dos investigados se passava por empresários do setor financeiro, tendo aberto empresas apenas para movimentar o dinheiro ilícito. Ainda segundo o órgão, as empresas foram abertas em nome de laranjas, “pessoas sem capacidade econômico-financeira”.

Um terceira operação, a Habeas Pater, foi deflagrada somente para apurar a existência de um braço da organização criminosa no Judiciário brasileiro. (Do Metrópoles)

Josimar Maranhãozinho e deputados do PL estão liberados por Valdemar para votarem com Lula

Em meio a acenos de quase um terço da bancada do PL ao presidente Lula, a cúpula nacional do partido decidiu liberar os parlamentares para que votem alinhados à base do governo. O acordo foi costurado junto à executiva nacional do PL, dirigida pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, por integrantes da sigla que divergem da postura da ala mais alinhada ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

A própria direção do PL estima que a adesão ao governo abrange aproximadamente três em cada dez parlamentares do partido, especialmente os eleitos na região Nordeste. Levantamento do GLOBO com base nas redes sociais e no comportamento recente em votações aponta que, dos 99 deputados federais da sigla, 34 mostram abertura ao diálogo com Lula. Outros 65, por sua vez, demonstram oposição ferrenha à gestão petista.

Entre os deputados de estados do Nordeste, a adesão a Lula chega a 52% da bancada do PL. Já na região Sul, de 13 deputados, só um sinalizou abertura a uma aproximação com o Palácio do Planalto.

No Sudeste, pouco menos de metade (15) dos 40 deputados da bancada do PL tem evitado uma linha de oposição intransigente ao governo Lula. O percentual, de 38%, é superior ao observado nas regiões Norte e Centro-Oeste.

Um dos que defendem este movimento é o deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA), que posou sorridente ao lado do ministro da Justiça, Flávio Dino, após uma reunião na semana passada. Em 2022, o PL fez parte da aliança do senador Weverton Rocha (PDT) em sua candidatura ao governo. Josimar afirma que não pode ser oposição ferrenha, já que seus eleitores também votam em Lula:

— Eu me filiei no PL em 2003, bem antes de Bolsonaro. O bolsonarismo no PL não quer dizer que eu vá fugir da minha origem no estado e comece a seguir pela extrema-direita. Eu e outros deputados acordamos com Valdemar (Costa Neto) — declarou Josimar, que elegeu a esposa Detinha também deputada federal.

“Focado na democracia”
Outro deputado alinhado ao governo Lula é Yury do Paredão (PL-CE). No início do ano, quando o Planalto articulava para evitar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos ataques golpistas do dia 8 de janeiro, Yuri chegou a retirar sua assinatura do requerimento.

— Tenho uma posição de independência do PL, sempre estive aberto ao diálogo e focado principalmente na democracia. Com certeza terei discordâncias com qualquer governo, mas a política tem que performar em cima de pautas. Ser oposição ferrenha vai atrapalhar o andamento das melhorias — disse o parlamentar.

Integrantes da base bolsonarista, por outro lado, minimizam a presença de correligionários alinhados ao governo. Segundo o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o partido assumiu o papel de “guardião da oposição”.

— Há deputados que são do PL, mas são municipalistas no Nordeste e dependem do governo federal. Por isso, em alguns temas, há um acordo com a Executiva de que eles possam se posicionar de forma divergente, pela sobrevivência de seus mandatos — afirmou.

Buscando ignorar a divisão na bancada e mostrar força como oposição, deputados do PL que estrearam na Câmara neste ano, como Julia Zanatta (SC), Silvia Waiãpi (AP) e Nikolas Ferreira (MG), mantêm mobilização constante nas redes sociais e no plenário com discursos contra Lula. A base do governo, por sua vez, enxerga a divisão como sinal de fraqueza do PL, que elegeu a maior bancada na Câmara.

— O PL já tinha uma história no Congresso, então era notável que nem todos seriam bolsonaristas — avaliou o deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ). (O Globo)
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