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sábado, 8 de abril de 2017

Solidariedade urgente

Unidos pela esperança. Todos juntos pela vida do jovem Felipe de Taperas

O Blog Marcio Maranhão teve conhecimento hoje de uma situação que muito nos sensibilizou e nos mobilizou em ajudar. Mas, infelizmente o que temos feito ainda é muito pouco diante do acumulo de carências que passa a família e o jovem Felipe de Taperas, que segundo os parentes, foi diagnosticado com um câncer maligno e desenganado pelos médicos por quais passou.

Felipe e sua mãe dona Conceição precisam da solidariedade de todos que puderem ajudar


Felipe é um jove de apenas 22 anos, muito conhecido por sua educação, simpatia e alegria, cumprimentava todo mundo de forma respeitosa e desde cedo, enfrentou o preconceito e todo tipo mais de rejeição, em busca de seus sonhos da forma como ele mesmo se via no mundo.

Precisamos resgatar a esperança de Felipe, que se encontra precisando de todo tipo de ajuda. A família não possui nenhum tipo de renda e Felipe precisa usar fraldas, ter uma alimentação adequada e um acompanhamento médico e farmacêutico básico.

A família não possui nenhuma orientação médica recente e não encontramos nenhum remédio para aliviar as dores nos momentos de crise do jovem. Felipe precisa fazer novos exames, ser medicado e com urgência uma cadeira de banho.

Pedimos ao poder público que se sensibilize com essa causa, que se for pedir demais a esperança de vida ao jovem Felipe, que pelo menos nos ajude aliviar o quanto possível o seu sofrimento.

A quem mais interessar a solidariedade a dor do jovem Felipe de Taperas, pedimos que venham e vejam o sofrimento que eles estão passando, conversem com Dona Conceição,mãe do Felipe, e ajudem da melhor forma possível.

A doença no jovem já está muito avançada e seu estado é de extrema debilitação, o que impossibilita no momento o tratamento contra o câncer, que é muito agressivo e exige uma maior resistência física do paciente.




Marcio Maranhão

General admite que militares podem voltar ao poder "se as ruas pedirem"

General admite intervenção militar se houver clamor das ruas: “É um caso a se pensar”. Ex-chefe do Estado Maior do Ministério da Defesa, militar diz que a intervenção pode ser a única saída para a crise política que envolve os três Poderes da Republica

General Intervenção Militar Brasil
O general da reserva Rômulo Bini Pereira
O general da reserva Rômulo Bini Pereira, ex-chefe do Estado Maior do ministério da Defesa, admitiu a intervenção militar como saída para a crise política que envolve os três Poderes da Republica.

Em artigo publicado na última quinta-feira (15) no jornal O Estado de S. Paulo, o militar escreve: “Se o clamor popular alcançar relevância, as Forças Armadas poderão ser chamadas a intervir, inclusive em defesa do Estado e das instituições”.

Um dos mais influentes militares das gerações que atuaram durante a ditadura militar, o general faz uma análise da situação política brasileira, critica o Congresso Nacional e até o governo. Segundo ele, a elite política empurra o Brasil para o brejo.

Sob o título de “Alertar é Preciso 2”, o artigo do general diz que as Forças Armadas serão a “última trincheira defensiva desta temível e indesejável ida para o brejo”. E conclui: “Não é apologia ou invencionice. Por isso, repito: alertar é preciso”.

No longo artigo, o general faz uma análise da situação política no Brasil e no Mundo. Critica o Congresso por ter acrescentado punições ao Judiciário entra as medidas de combate à corrupção propostas pelo Ministério Público.

Sem citar o nome, lembra que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é réu por peculato e afrontou uma decisão de um ministro do Supremo que determinou seu afastamento do cargo, por estar na linha sucessória presidencial. Também citou “um grande número de parlamentares envolvidos em processos judiciais”.

Sobre o Judiciário, o general diz que a sociedade ainda confia nos juízes de primeira instância, mas coloca em dúvida a atuação dos tribunais superiores.

“Nas instâncias superiores o quadro é diferente”, escreveu. Aproveitou para criticar o foro privilegiado, direito das autoridades de serem julgadas exclusivamente pelo STF – o que, segundo ele, acarreta sobrecarga e morosidade nos processos julgados pelo Supremo. Diz que o Judiciário está contaminado pela política partidária.

General Bini considera ainda que o país enfrenta uma “desgraça sem precedentes” e tenta profetizar: “É nesse cenário de ‘desgraças’ que as instituições maiores e seus integrantes deverão ter a noção, a consciência e a sensibilidade de que o país poderá ingressar numa situação de ingovernabilidade, que não atenderá mais aos anseios e às expectativas da sociedade, tornando inexequível o regime democrático vigente”. E insinua: “É um caso, portanto, a se pensar”.

Apologia é ‘ilegal’
Para o psiquiatra Paulo Sampaio, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais — organização que defende os direitos humanos formada por ex-guerrilheiros que lutaram contra o regime militar e por familiares e amigos dos mortos, desaparecidos e torturados políticos durante o período –, os artigos do General são um desrespeito aos que participaram dessa resistência.

“Acho um absurdo a imprensa que já auxiliou na época da ditadura voltar a fazer isso sem o menor sentimento de pudor, sem respeitar a dor dos outros. Muitos morreram, muitos foram torturados. É como se nós não fossemos gente, todas as mulheres que foram presas, torturadas e abusadas. A direita nunca aceitou a tentativa de retorno à democracia”, denunciou.

Na opinião do advogado Lúcio França, o simples posicionamento de um militar por uma nova intervenção é ilegal. “Isso é totalmente inconstitucional, é um golpe. Eles não podem defender a intervenção militar em um Estado Democrático de Direito, porque estariam repetindo o que foi feito em 1964”, disse.

Pragmatismo Político
com Brasil de Fato

sexta-feira, 7 de abril de 2017

ADVOGADOS E PROCURADORES ACUSAM MENDES DE PARTIDARISMO

247 - O jornalista Marcelo Auler registra em seu blog o movimento de advogados, procuradores e as respectivas associações contra as manifestações políticas do ministro do STF, Gilmar Mendes. 

"Também é certo que aos magistrados no exercício do cargo é proibido militância política. No entendimento não só dos advogados trabalhistas, mas também da Associação Nacional do Procuradores do Trabalho (ANPT), quando Mendes acusou o Tribunal Superior do Trabalho (TST) de ter sido aparelhado pelos petistas, como noticiamos na postagem anterior – Gilmar Mendes, o juiz que atropela leis, simplesmente expôs sua convicção política", diz o texto.

Ninguém cometerá suicídio por Temer

Por LEONARDO ATTUCH
Antes tida como inegociável, a reforma da Previdência proposta pela equipe de Henrique Meirelles subiu no telhado. Está desfigurada e, se ainda vier a ser aprovada, terá perdas estimadas em R$ 115 bilhões nos próximos dez anos.

A explicação para esse fracasso é óbvia: ao contrário de Michel Temer, que chegou ao poder sem voto, todos os parlamentares que votarão a reforma precisarão de apoio dos eleitores em 2018 para permanecer no Congresso. E poucos podem se dar luxo de abrir mão de seus mandatos – especialmente aqueles que precisam do foro privilegiado.

Dá para imaginar um deputado ou senador pedindo voto depois de acabar com aposentadorias rurais, aprovar 49 anos de contribuição e fixar idade mínima de 65 anos para as mulheres? Improvável. Pela lógica da sobrevivência, seria fácil prever que poucos decidiriam cometer suicídio político em nome da “ponte para o futuro” de Temer.

Foi nesse contexto que se deu a briga pública entre o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), líder do PMDB no Senado, e o Palácio do Planalto. Renan criticou publicamente a reforma da Previdência e a terceirização irrestrita, mas seus movimentos têm ainda uma outra motivação. Em Alagoas, onde o governador Renan Filho buscará a reeleição em 2018, nada menos que 90% dos eleitores rejeitam Temer – um quadro que se repete em praticamente todos os estados do Norte e Nordeste. Ou seja: a ruptura pública abre um espaço político para o senador, ainda que ele tenha sido um dos responsáveis pela ascensão de Temer ao poder.

Nas próximas semanas, a tendência é que haja novas deserções na base governista. Quanto mais próxima a eleição, mais distantes estarão os parlamentares de um governo altamente impopular. E quem também começará a fazer contas será a burguesia nacional, especialmente financeira, que apoiou o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em troca de um pacote de reformas que, provavelmente, não será entregue. Tudo isso em meio a julgamento do Tribunal Superior Eleitoral, que poderá ser retomado ainda no fim de abril, depois de ter sido interrompido para a tomada de novos depoimentos. Se o impasse brasileiro persistir, poderá prevalecer a posição do ministro Luis Roberto Barroso, que defendeu eleições diretas em caso de cassação da chapa Dilma-Temer.

MORADORES FAZEM 'VAQUINHA' PARA TAPAR BURACOS EM ESTRADA VICINAL DO MUNICÍPIO DE ARAIOSES-MA


Não há como cuidar bem do que não se gosta. Se não gostar "de" povo, não estará, por óbvio, apto para cuidar dele. (Ismar Viana).

Às vezes a urgência não deixa esperar pela ação do poder público e os moradores do Povoado de Areias, em Araioses-MA se uniram para tapar os buracos provocados pelas ultimas chuvas na região.

Após alguns pedidos verbais dos moradores a administração da prefeitura e o não atendimento em tempo aceitável, eles se juntaram munidos de enxada, enxadão, pá e fizeram uma 'vaquinha' para comprar materiais e pagar um caminhão caçamba para transportar pedras e areia e tapar os buracos da estrada, que dificultam o acesso aos povoados Areias, Canabrava e Grossos. Eles provaram que a união faz a força independente da causa.

Segundo a professora Marinalva Santos, cuja família possui propriedade no local, o problema vem há muitos anos e apesar das promessas de vários gestores, nenhuma administração municipal resolveu o problema. Um morador que participou dos serviços disse "Cansamos de esperar e nós mesmos resolvemos colocar as mãos na massa". Desabafou o morador, que disse ainda que o problema fica pior quando chove, pois deixa vários locais ilhados.


Vivemos um momento de ânimos acirrados, a população não aguenta mais o desmando, a incompetência, e o mau uso do dinheiro público, o que esses senhores fizeram ontem, nada mais foi que um desabafo de quem não suporta mais tanto sofrimento.

Apesar do desânimo, uma coisa ainda nos fortalece: a certeza de daqui a três anos e dez meses esse governo de tirania e de enganação chegará ao fim. E nós, moradores do município, estaremos livres daquele que consideramos o pior prefeito da história de Araioses.

Lyra Sosa

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Promotora de Justiça defende na Câmara Municipal Projeto de Lei de implantação do Programa Família Acolhedora no município de Araioses – MA

A sessão contou com a presença dos treze vereadores, que votaram unânimes a favor do projeto. Na foto, vereadores posam com promotora ao centro em sinal de apoio a iniciativa do Ministério Público.


A titular da 2ª Promotoria de Justiça de Araioses, Dr.ª Samara Cristina Mesquita Pinheiro Caldas, fez uso da tribuna da Câmara Municipal, na manhã dessa terça-feira (04/04) para defender a aprovação do Projeto de Lei que implanta no Município de Araioses, o Programa Família Acolhedora.

Dr. Samara discursando na tribuna da Câmara
Em suas palavras, a promotora afirmou que o programa traz ao município uma modalidade mais humana de acolhimento de crianças e jovens em situação de risco, evitando-lhes o encaminhamento para abrigos e propiciando-lhes um ambiente familiar e comunitário sadios, enquanto sua família de origem recebe apoio para se reestruturar.

“As famílias interessadas em participar do programa, deverão primeiramente passar por um cadastro junto à Secretaria Municipal de Assistência Social, para, posteriormente, serem treinadas por uma equipe multiprofissional, e só posteriormente, após preenchidos os requisitos legais, serem filiadas ao programa”,afirmou Dr.ª Samara.

Segundo a promotora, o Projeto de Lei também contempla uma bolsa-auxílio às famílias acolhedoras, durante o período em que estas permanecerem com as crianças ou jovens incluídos no programa por determinação da Justiça.

Dr. Samara tem 100% da confiança dos araiosenses
Durante a sessão, os vereadores utilizaram da palavra para elogiar a iniciativa do Ministério Público na defesa do projeto e tiraram dúvidas acerca de sua implantação.

A promotora ao sair da sessão, avaliou como positiva a sua ida à Câmara Municipal, na medida em que, segundo ela, despertou o debate junto aos vereadores de questões importantes na implementação de políticas públicas da infância e juventude.

No final da sessão, o Projeto de Lei recebeu aprovação, por unanimidade, da Câmara Municipal, sendo encaminhado para sanção do Executivo.

Fonte: MPE / Araioses

BENEDITA DA SILVA PEDE PUNIÇÃO PARA BOLSONARO: ‘EXIGIMOS RESPEITO’

Rio 247 – A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) fez um discurso indignado nesta quarta-feria 5 no plenário da Câmara dos Deputados em resposta aos comentários ofensivos do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) nessa semana. Ela disse que sua "revolta e indignação" são grandes nesse momento e pediu punição contra o parlamentar.

Durante palestra no clube Hebraica do Rio de Janeiro na noite de segunda-feira 3, Bolsonaro disse, entre outros absurdos, que afrodescendentes de comunidades quilombolas "não servem nem para procriar". O deputado fez críticas ainda a refugiados em ambiente judaico: "Não podemos abrir as portas para todo mundo".

"Não podemos mais aceitar as provocações de Bolsonaro. Não tem código de ética pra ele, não tem limite pra ele", disse Benedita. "Não podemos aceitar este papel que ele se presta para a nação brasileira, envergonhando inclusive este plenário, que tem negros, negras e brancos. E nós exigimos respeito", prosseguiu.

"Ele não respeita pobre, ele não respeita negro, ele não respeita as mulheres. Aqui ele já provou que não respeita. E não tem nenhuma punição para Bolsonaro nessa casa", cobrou a deputada. "É inadimissível que ele continue jocosamente rindo da cara do povo, um povo sofrido, trabalhador, é inadmissível que diga que vá acabar com negro e indígena nesse país. É grande a minha revolta e indignação", concluiu. Assista ao vídeo acima.

ALTA PERFORMACE: Araioses ganhará uma nova academia em João Peres



O empreendimento será inaugurado neste sábado no bairro João Peres, que há tempos esperava uma iniciativa desse tipo. Com a segunda maior concentração populacional do município, perdendo apenas para a sede, João Peres tem uma economia bem ativa e um mercado com várias demandas ainda pouco exploradas.




Tudo pelo poder: Há um ano ouvimos esse lenga lenga que novamente está prestes a se repetir

Ironicamente seu pedido de demissão aconteceu em primeiro de abril do ano passado, o popular dia da mentira. E apesar das inúmeras explicações para sua saída, todos nós sabemos que gafanhoto depois de devorar toda uma plantação é assim mesmo, é o primeiro a partir em busca de uma nova, mais verdinha e viçosa.

No governo de Cristino e eterno secretário de comunicação de governos municipais, seu descontentamento já é sabido em todas as esquinas, porque ele mesmo tem falado. Segundo informações do alto clero de Cristino já não se fala nada na frente do moço, e no templo dos Gonçalves sua presença não é mais tão bem quista.

Com exatos um ano após deixar o colo do pai Manin, será que veremos outra debandada? Com tanta informação vazando para opositores de forma misteriosa e com um método já conhecido em outros governos onde o moço participou; para os profetas de Cristino, tudo já está escrito...



Supremo proíbe qualquer greve de policiais

Ao julgarem direito de greve para policiais civis, ministros declararam inconstitucionais paralisações de todos servidores de órgãos de segurança.

O ministro Alexandre de Moraes abriu a divergência que declarou inconstitucional as paralisações de policiais (Foto: Carlos Moura / STF)

Por 7 votos a 3, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) declararam nesta quarta-feira (5) inconstitucional o direito de greve de servidores públicos de órgãos de segurança e decidiram proibir qualquer forma de paralisação nas carreiras policiais.

Embora tenha proibido as greves nas polícias, a Suprema Corte também decidiu, por maioria, que o poder público terá, a partir de agora, a obrigação de participar de mediações criadas por entidades que representam servidores das carreiras de segurança pública para negociar interesses da categoria.

A decisão do STF terá a chamada repercussão geral, ou seja, deverá ser seguida por todas as instâncias da Justiça.

A inconstitucionalidade das greves de policiais foi declarada no julgamento de um recurso apresentado pelo governo de Goiás contra uma decisão do Tribunal de Justiça do estado que havia considerado legal uma paralisação feita, em 2012, por policiais civis goianos.

No processo, diversas entidades se manifestaram contra a possibilidade de greve por agentes de segurança, com base no artigo 142 da Constituição, que proíbe sindicalização e greve de integrantes das Forças Armadas.

Desde 2009, diversas decisões de ministros do STF consideraram ilegais as greves de policiais militares, civis e federais, sob o argumento de que representam risco para a segurança pública e para a manutenção da ordem.

A advogada-geral da União, Grace Mendonça, defendeu no julgamento desta quarta-feira o recurso que pedia a inconstitucionalidade das greves de policiais civis.

“A paralisação de policiais civis atinge na essência a própria razão de ser do Estado, que é assegurar efetivamente à população a segurança. E mais, segurança essa que a Constituição Federal preserva e insere como valor mais elevado”, defendeu na tribuna do STF a chefe da Advocacia-Geral da União.

Representante do Ministério Público na sessão, o vice-procurador-geral da República, José Bonifácio de Andrada, também se manifestou contra as paralisações de policiais civis.

“Não é cabível, compatível algum tipo de paralisação nessa atividade, como também não é admissível paralisação nos serviços do Judiciário, do Ministério Público. Algumas atividades do Estado não podem parar de forma alguma. E a atividade policial é uma delas”, ponderou Bonifácio de Andrada.

No julgamento desta quarta-feira, votaram para proibir as greves de policiais os ministros Alexandre de Moraes, Luis Roberto Barroso, Luiz Fux, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia.

Por outro lado, o relator do caso, ministro Edson Fachin, e os ministros Rosa Weber e Marco Aurélio Mello se manifestaram pela constitucionalidade das paralisações de policiais, desde que fossem impostos limites às greves. O ministro Celso de Mello não participou do julgamento.

Relator do recurso, o ministro Edson Fachin foi o primeiro magistrado a se manifestar no julgamento desta quarta. Ressaltando que o direito de greve estava diretamente relacionado à “liberdade de reunião e de expressão” prevista na Constituição, ele se posicionou favorável à legalidade dos movimentos grevistas de policiais civis, mas sugeriu que o tribunal determinasse limites às paralisações.

Entre as regras defendidas por Fachin para que os policiais tivessem assegurado o direito à greve estavam a prévia comunicação do movimento ao Judiciário, a definição de um percentual mínimo de servidores que deveriam ser mantidos em suas funções e o corte de ponto, desde que a motivação da paralisação não fosse o atraso no pagamento dos vencimentos.

Ele ainda propôs que policiais civis ficassem proibidos de portar armas e distintivos em manifestações ligadas a movimentos grevistas.

“Em meu modo de ver, a solução para o presente caso pode e deve ser diversa. Embora a restrição do direito de greve a policiais civis possa ser medida necessária adequada à proteção do devido interesse público, na garantia da segurança pública, a proibição completa do exercício do direito de greve acaba por inviabilizar o gozo de um direito fundamental”, defendeu o relator.

Ao votar na sequência de Fachin, o ministro Alexandre de Moraes – que já atuou como ministro da Justiça e secretário de Segurança Pública de São Paulo – discordou da recomendação do relator pela legalidade dos movimentos de policiais civis e abriu uma divergência.

O mais novo magistrado do Supremo defendeu que o tribunal declarasse a inconstitucionalidade de todas as paralisações de servidores públicos de órgãos de segurança, conforme está previsto no artigo 144 da Constituição.

A carta constitucional classifica como integrantes dessas carreiras, além dos policiais civis e militares, os policiais federais, policiais rodoviários federais e bombeiros militares.

Em meio a sua fala, Moraes comparou um Estado em que a polícia está em greve a um Estado anárquico.

“Não é possível que braço armado do Estado queira fazer greve. Ninguém obriga alguém a entrar no serviço público. Ninguém obriga a ficar”, ressaltou o ministro.

“É o braço armado do Estado. E o Estado não faz greve. O Estado em greve é um Estado anárquico. A Constituição não permite”, complementou Moraes.

Luis Roberto Barroso foi o primeiro ministro a acompanhar a divergência aberta por Alexandre de Moraes. Ao votar, Barroso afirmou aos colegas do tribunal que seu voto a favor da proibição das greves de policiais foi influenciado pela recente paralisação de PMs no Espírito Santo.

Em fevereiro, o estado ficou sem policiais militares nas ruas por sete dias por causa do protesto de familiares na porta dos quartéis. Nas ocupações, as mulheres dos policiais alegavam que eram elas que estavam no comando da paralisação. Para as autoridades, entretanto, essa era uma tentativa de encobrir o que, supostamente, seria um motim dos PMs.

Durante a paralisação dos policiais capixabas, aumentaram os índices de mortes violentas no estado e houve dias em que o comércio deixou de funcionar com medo da insegurança.

Também em fevereiro, parentes de policiais militares no Rio de Janeiro iniciaram um movimento como o do Espírito Santo. A Polícia Civil e os bombeiros do estado também fizeram paralisações no período.

Segundo Barroso, esses recentes episódios demonstram que não é possível garantir um “caráter absoluto” do direito de greve para policiais. Ele, então, afirmou que acompanharia o voto de Moraes, que proibia irrestritamente as paralisações de servidores diretamente ligados à segurança pública, mas sugeriu que o poder público passasse a ser obrigado a participar de eventuais negociações com representantes da categoria policial.

“Nós testemunhamos os fatos ocorridos no Espírito Santo, em que, em última análise, para forçar uma negociação com o governador, se produziu um quadro hobbesiano, estado da natureza, com homicídios, saques. O homem lobo do homem. Vida breve, curta e violenta para quem estava passando pelo caminho”, enfatizou.

Fonte: G1
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