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sábado, 25 de outubro de 2025

MAIS UMA ENTREGA COM SUCESSO: Governo Brandão inaugurará nesta segunda MA-006, que liga Tasso Fragoso a Alto Parnaíba

O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), realizará nesta segunda-feira (27), às 9h, na MA-006, KM 94, próximo à entrada da cidade, a entrega de pavimentação asfáltica da rodovia estadual MA-006, que interliga o município de Tasso Fragoso a Alto Parnaíba. O evento contará com a presença do governador Carlos Brandão.

A obra incluiu serviços de conservação, restauração e pavimentação asfáltica da rodovia, com extensão de 90 km. O objetivo é garantir trafegabilidade, segurança e durabilidade ao longo de todo o trecho.

Além disso, foram realizados serviços de drenagem superficial com a construção e desobstrução de sarjetas, bueiros e meio-fio, assegurando o adequado escoamento das águas pluviais.

Com a melhoria do trecho, o Governo do Estado reafirma seu compromisso com a mobilidade e o fortalecimento da infraestrutura rodoviária maranhense.

Serviço
O quê: Entrega de pavimentação asfáltica da rodovia estadual MA-006, que interliga o município de Tasso Fragoso a Alto Parnaíba.

Quando: Dia 27 (segunda-feira), às 9h.

Onde: MA-006, KM 94, próximo à entrada da cidade.

Atuação de Luciana pode causar a Neto constrangimento maior do que o atual de Araioses causou à ex: novas eleições

Neto Carvalho, atual gestor de Araioses, encontrou uma verdadeira pedra em seu sapato: a ex-prefeita Luciana Trinta. São tantos indícios de corrupção em apenas seis meses de administração de Neto, apontados por Luciana, que nem um outro município do país conseguiu, por mais esforço que se tenha feito, superar tal marca, em tão pouco tempo.

Neto, político metido a coronel do município de Magalhães de Almeida, manda e desmanda com mãos de ferro por décadas o município vizinho, sem oposição organizada, inteligente e articulada, ficou tão à vontade por várias administrações, que resolveu expandir seu poderio aos limites de São Bernardo e Santa Quitéria.

Por encontrar os referidos municípios cansados de outras administrações que detinham o poder em um ciclo familiar, conseguiu, com muito custo, mas pouco sacrifício, tomar o poder em uma disputa meramente econômica com os grupos políticos locais.

Objetivo alcançado, mas a ganância do grupo Carvalho era por quem tinha cofres mais recheados e potenciais inesgotáveis, sob todos os prismas...
Araioses, com 31.992 eleitores aptos a votar, se distancia de Santa Quitéria com seus 21.065 e São Bernardo com 21.804. Mas Neto, acostumado com Magalhães e seus 12.095 eleitores, imaginou que Araioses, a viúva novinha e enxuta do Baixo-Parnaíba, seria fácil de domar.

Logo Araioses, acostumada a afundar carreiras políticas que eram verdadeiros cases de sucesso.

Que o diga, o lendário e saudoso Zé Tude, que acabou preso, Pedro Henrique e Cristino, que disputarão pela eternidade o título de pior prefeito de Araioses.

Manim Leal, certa vez, em lapso de sabedoria, declarou: 'Se tivesse permanecido em Santa Quitéria e expandido em direção contrária a Araioses, hoje ainda seria rei.'

Neto conseguiu tirar Luciana Trinta da prefeitura, mas não a derrubou do salto. Ele, que tem teto de vidro, deveria ter mais cuidado se um dia ela resolver tirá-los e arremessar na direção dele.

Em seis meses, Neto gastou 90 milhões deixados em caixa. E já endividou o município para as próximas gerações. Abarrotou a folha de pagamentos com dezenas de pessoas de Parnaíba, Santa Quitéria, São Bernardo, Magalhães de Almeida, e sabe lá, mais de onde... Todos com altos salários, enquanto araiosenses possuem vencimentos atrasados, sem falar das inúmeras denúncias de rachadinha solidária, onde um salário paga dois empregados.

Neto, que conseguiu uma liminar na última hora antes do prazo para registro de candidatura, está em corda bamba todos os dias. Basta uma denúncia ser levada a sério pelas autoridades para todo o castelo desmoronar.

Não à toa, Neto não tem dado um pio contra tudo o que Luciana tem dito e feito.

PF prende dupla após sacarem R$ 700 mil em espécie; suspeitos mantêm contratos milionários com prefeituras maranhenses

Suspeitos foram detidos ao sacar R$ 700 mil em espécie; contratos milionários com prefeituras do Maranhão e verbas da educação estão sob investigação
São Luís/MA – A Polícia Federal prendeu, em flagrante, na tarde de ontem, sexta-feira (24), duas pessoas pelo crime de lavagem de dinheiro, após serem flagradas sacando R$ 700 mil em espécie, em uma agência bancária localizada no município de Zé Doca/MA.

Durante as diligências, os policiais identificaram que os envolvidos mantinham contratos milionários com prefeituras maranhenses, alguns deles envolvendo verbas federais destinadas à educação, apesar de não possuir estrutura operacional compatível com o volume de recursos movimentados.

No momento da abordagem, os suspeitos apresentaram versões contraditórias sobre a origem e destinação do dinheiro, alegando inicialmente tratar-se de valores provenientes de financiamento bancário. Diante das inconsistências e dos fortes indícios de ocultação da origem ilícita dos recursos, foi dada voz de prisão em flagrante aos envolvidos.
O valor em espécie e os dispositivos eletrônicos apreendidos serão encaminhados para análise pericial e rastreamento financeiro, com o objetivo de identificar eventuais desvios de recursos públicos e outros participantes do esquema criminoso.

Os detidos foram encaminhados ao sistema prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

O Blog Marcio Maranhão agora está no Instagram! Mais notícias, mais Interação, mais transparência para o Baixo Parnaíba

Araioses–MA – É com entusiasmo que o Blog Marcio Maranhão, o portal de notícias de Araioses e da região do Baixo Parnaíba, anuncia uma importante novidade para os nossos leitores e o público em geral: agora estamos também no Instagram!

A chegada do Blog Marcio Maranhão a esta plataforma de mídia social marca um novo capítulo na nossa missão de levar informação relevante, independente e de qualidade a todos. Esta expansão representa um passo crucial para ampliar o alcance das nossas notícias e fortalecer o diálogo com a comunidade.

O que significa essa chegada ao Instagram?
Estar no Instagram significa mais do que apenas ter um novo perfil. Significa:
  1. Agilidade e Proximidade: Poderemos compartilhar as notícias de última hora, destaques e coberturas especiais de forma mais rápida e visual, diretamente na palma da sua mão.
  2. Interatividade Aumentada: O Instagram é uma plataforma de engajamento. Agora, teremos mais um canal para ouvir você, receber sugestões, pautas e, principalmente, debater os temas que impactam a vida no Baixo Parnaíba.
  3. Transparência em Foco: Utilizaremos o poder visual da plataforma para mostrar, de maneira clara e objetiva, os fatos e as denúncias de corrupção e falta de transparência, mantendo o nosso foco na fiscalização do poder público.

A Importância da Presença Digital do Blog
Para quem acompanha o nosso trabalho, sabe que o Blog Marcio Maranhão, fundado em 2011, nasceu de uma motivação forte e inegociável: a independência jornalística e o compromisso com a denúncia.

Seu autor, o jornalista, professor de história e advogado maranhense Marcio Maranhão, araiosense nato da década de 80, traz consigo uma trajetória de dedicação à comunicação que começou precocemente, aos 14 anos, no rádio, e que o levou a atuar em diversas emissoras, na TV e na imprensa escrita.

A decisão de criar o Blog, em 2011, foi um ato de coragem e princípio, motivado por um fato que ele considerou injusto e persecutório a um colega da imprensa araiosense. Impedido de tratar do assunto na emissora em que trabalhava por razões político-ideológicas dos proprietários, Marcio Maranhão resolveu criar seu próprio espaço, livre de amarras.

Mais de uma década depois, o Blog Marcio Maranhão consolida-se como um farol de informação crítica e transparente na região. Chegar ao Instagram reforça este compromisso, garantindo que a nossa voz – e a voz da comunidade que busca justiça e clareza – chegue a um público cada vez maior e mais diversificado.

Siga-nos agora no Instagram! Junte-se a nós nesta nova fase e continue acompanhando as notícias, os bastidores e as denúncias que movem a nossa região.

SERVIÇO:
  • O que: O Blog Marcio Maranhão agora está no Instagram
  • Onde seguir: @blogmarciomaranhao
  • Compromisso: Informação independente, denúncia de corrupção e transparência no Baixo Parnaíba.

ILHA DO CAJU: Intercept Brasil em documentário escancara atuação criminosa e omissão de autoridades em Araioses

O PESCADOR LEANDRO DOS SANTOS APRENDEU AINDA CRIANÇA que a Ilha do Caju, no município de Araioses, no Maranhão, seria uma terra particular, mas isso nunca o impediu de frequentar as praias, igarapés e mangues do local. Os cursos d’água no entorno da ilha são fonte de renda e alimentação para ele e cerca de 2 mil famílias de catadores e pescadores. “É o lugar onde tem mais caranguejo e peixe”, conta.

A questão é que agora o Caju deixou de ser uma área pública privatizada e se tornou uma “private island”, termo em inglês que tem o mesmo significado, mas mudou o acesso dos pescadores e catadores ao território. No local, está previsto ser erguida uma pousada de luxo que se diz sustentável apenas porque tem um projeto de captura de carbono associado a ela, o que na verdade representa mais um risco a quem depende da ilha como sustento.

Em 2022, a União e a empresa Ilha do Caju LTDA, ligada ao empresário sueco Jimmy Furland e sua esposa, a ex-modelo cearense Natália Furland, assinaram um contrato de aforamento para ter o direito de uso da ilha.

O casal é dono do primeiro hotel de “pós-luxo” do Brasil – essa expressão se refere ao mercado em que produções e costumes de povos e comunidades tradicionais são apropriados por empresários e oferecidos a preço de ouro, a título de “experiência” e “exclusividade”, a clientes endinheirados. Agora, os Furland querem erguer ali uma pousada com até 50 leitos.

A empresa deles só tem direito a usar 252 hectares dos cerca de nove mil que compõem a Ilha do Caju, mas está ignorando os termos do contrato de aforamento. Sob a justificativa de preservação ambiental, a empresa ambiciona instalar um projeto de descarbonização que deve incidir em 8.500 hectares da ilha e está proibindo catadores e pescadores, segundo relatos deles, de frequentar e trabalhar nos cursos d’água do Caju.
Ilha do Caju tem 9 mil hectares, mas contrato de aforamento com a União só dá direito a uso de 252 hectares, diz a SPU. (Foto: Pablo Monteiro/Intercept Brasil)
O projeto de captura de carbono, chamado Blue Carbon – Carbono Azul – prevê a preservação de ambientes marinhos e costeiros, vinculado ao hotel. A transnacional Ambipar, com sede em São Paulo, foi contratada pela hoteleira para a execução.
“Na reunião que tivemos com a empresa de crédito de carbono, eles falaram muito que lá era uma área que não era frequentada por ninguém, que não tinha cata e nem pesca. Eu falei tem, a galera cata lá há muito tempo”, conta Santos.
Os pescadores e catadores de caranguejo e ostra relatam que estão sendo proibidos por seguranças armados de exercer seu ofício em áreas de igarapé, mangue e praia. Segundo as denúncias, os seguranças ameaçam os trabalhadores dizendo que serão presos e terão os produtos da pesca retidos. Em abordagem este ano, um dos nativos afirmou que teve caranguejos levados pelos seguranças; outro disse que precisou deitar na lama para se esconder. Os relatos estão na ata de uma reunião realizada em fevereiro deste ano pela AmarDelta, a Associação Mãe das Associações da Reserva Extrativista Marinha do Delta.

A Superintendência do Patrimônio da União no Maranhão, vinculada ao governo federal, ressaltou que o contrato de aforamento, além de se restringir a 252 hectares da ilha, não contempla as praias, manguezais, igarapés e apicuns, que são “bens de uso comum do povo”.
“Qualquer tipo de proibição imposta a moradores das comunidades tradicionais para o uso tradicional dos recursos da ilha é ilegal e se baseia numa falsa ideia de que a ilha é uma propriedade privada”, explica o defensor público federal no Maranhão Yuri Costa.
De acordo com Costa, a Lei 7.661 de 1988, que trata do plano de gerenciamento costeiro, garante o livre acesso às praias. O próprio Código Florestal protege os manguezais, áreas de preservação permanente determinando que o uso seja coletivo e regulado pelo poder público, mas não pela vontade particular.
“Se houver proibição, há violação de leis patrimoniais e ambientais. E se houver uso de seguranças armados para impedir esse uso comum, há a configuração de crime de constrangimento ilegal previsto no Código Penal”, acrescenta Costa.
Ambipar e Ilha do Caju LTDA não comentaram as denúncias de violência contra pescadores e catadores e nem a privatização de áreas públicas. Também não informaram qual das duas contratou a empresa onde trabalham os seguranças que estariam perseguindo os pescadores e catadores.

A Ilha do Caju LTDA, que se refere à Ilha do Caju como um “ilha privada”, afirmou que “as demandas da comunidade local estão sendo cuidadosamente consideradas pela equipe responsável, com a implementação de ações concretas sempre que possível”.
Apesar de a ilha ser da União, empresa que tem direito de uso de parte da área instalou placas afirmando que a propriedade é particular. (Foto: Pablo Monteiro/Intercept Brasil)
Já a Ambipar disse que sua contratação refere-se apenas ao desenvolvimento do projeto Carbono Azul, e não tem nenhuma outra atividade no local. A empresa informou ainda que o projeto está em fase preliminar de estudos técnicos e viabilidade, mas não respondeu que fase é esta, tampouco qual o cronograma estabelecido para as atividades.

A construção do hotel também está em fase inicial de estudos, informou a Ilha do Caju LTDA.

Pescadores e catadores dizem nunca ter sido ouvidos
Os pescadores e catadores proibidos de usar áreas públicas da União vivem em comunidades da Reserva Extrativista Marinha do Delta do Parnaíba, no entorno da Ilha do Caju. A ilha faz divisa com Parnaíba, no Piauí, e não é parte da reserva, mas está inserida na Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba.

Em meados de outubro de 2024, a Ambipar enviou um ofício à AmarDelta, a Associação Mãe das Associações da Reserva Extrativista Marinha do Delta, convocando para a “realização da Consulta Prévia do Projeto de Blue Carbon Ilha do Caju” no dia 6 de novembro. “A Consulta Prévia tem previsão de duração de 01 hora”, diz o documento.

Outro documento apresentado à associação pela empresa foi um formulário de “Declaração de participação em projeto e autorização para mapeamento de informações”. No formulário, os representantes de comunidades deveriam declarar se tinham ou não interesse em participar do projeto Carbono Azul, e se autorizavam ou não a realização de mapeamento de informações na região.
Pescadores dizem ter sido abordados por empresa responsável pelo projeto de captura de carbono, mas prerrogativa de consulta prévia é do poder público. (Foto: Ingrid Barros/Interecept Brasil)
“O mapeamento de informações será realizado com o objetivo de identificar as necessidades e potencialidades da comunidade para o desenvolvimento de propostas de atividades vinculadas ao Projeto de Blue Carbon Ilha do Caju”, diz o documento.
Para a instalação de projetos como o previsto pela Ambipar, a empresa precisa realizar a chamada consulta prévia, livre e informada, uma obrigação legal prevista pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, a OIT. A consulta deve ser realizada sempre que povos e comunidades tradicionais – como as comunidades pesqueiras – tiverem seus modos de vida impactados por empreendimentos ou ações administrativas.

No entanto, a prerrogativa de realizar a consulta é do poder público, e não de empresas privadas.
“Uma empresa privada, mesmo que seja empreendedora do projeto que pode afetar uma comunidade tradicional, não pode realizar, de maneira autônoma e independente, a consulta prévia. Essa atribuição de conduzir e garantir a consulta prévia é sempre do estado. A participação do empreendedor na consulta é fundamental no sentido de prestar informações sobre o empreendimento, mas não guiando o processo”, afirmou Costa.
A consulta, segundo o defensor público, deve respeitar o formato proposto e construído pela própria comunidade tradicional, e isso inclui o direito de decidirem quais atores participarão do processo.
“Eles só tiveram uma reunião com a gente. Apresentaram o projeto e perguntaram se aquela reunião podia servir para isso [consulta prévia], e eu disse que não. Depois começaram as coisas [perseguições] e a gente não conseguiu mais se entender com eles”, conta Santos, que é vice-presidente da AmarDelta e nasceu na comunidade do Torto, na Resex.
A liderança disse que durante a apresentação do projeto Carbono Azul, no ano passado, o representante da Ambipar afirmou que a região seria 100% preservada, e que “ninguém poderia mais tocar”. Se o projeto Carbono Azul for implementado, a previsão é que dure 40 anos.

Em um dos documentos aos quais o Intercept Brasil teve acesso, fica explícita a proposta de restrição do uso da ilha pelas comunidades do entorno a situação pontuais. “A Ilha do Caju, sendo uma propriedade privada com atividades de conservação ambiental e turismo ecológico, pode ter uma relação direta ou indireta com essas comunidades. (…) Os moradores dessas localidades podem ter acesso eventual ou sazonal à Ilha do Caju para fins de pesca, coleta de recursos ou trabalho temporário no turismo”, diz o documento.

Para os pescadores e catadores da região, o uso das praias, mangues e igarapés da Ilha do Caju é diário, e não eventual ou sazonal. O território é usado há gerações como principal fonte de subsistência e renda das comunidades locais e do entorno. Hoje, cerca de 2 mil famílias dependem dos igarapés e mangues da ilha para sobreviver. Algumas chegavam de outros municípios e acampavam nas praias na ilha, segundo relato dos pescadores, durante pescas mais longas, o que também foi limitado.
A localização dos 252 hectares no mapa não corresponde, necessariamente, à área atualmente aforada. Trata-se apenas de uma projeção comparativa entre o tamanho da área aforada (252 ha) e o tamanho total da Ilha do Caju (9 mil ha). Na área onde está a projeção existem algumas construções de alvenaria, painéis solares e estradas. A SPU não enviou as coordenadas geográficas da delimitação exata dos 252 hectares aforados. As coordenadas da delimitação total da Ilha do Caju encontram-se no Sigef, Sistema de Gestão Fundiária desenvolvido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o Incra, para gestão de informações fundiárias do meio rural brasileiro.
Por e-mail, a Ambipar afirmou que a implantação de atividades sustentáveis pelo projeto deve “proporcionar benefícios positivos não somente para o clima, mas também à biodiversidade e às comunidades locais”. A transnacional não detalhou atividades e benefícios previstos. As empresas tampouco responderam à pergunta sobre realização da consulta prévia.

Procuramos o Ibama, ICMBio e SPU, e os ofícios de meio ambiente e de povos e comunidades tradicionais do Ministério Público Federal no Maranhão. Nenhum dos órgãos estava sabendo da construção da pousada e da implementação do projeto Carbono Azul na Ilha do Caju.

Empreendimento ainda sem licenciamento
Apesar de ser uma ilha de domínio federal, a legislação estabelece que em Áreas de Proteção Ambiental, como é o caso da Ilha do Caju, a expedição de licenças ambientais cabe aos órgãos estaduais.

A empresa Ilha do Caju LTDA afirmou que está dispensada do licenciamento pela Portaria 123/2015, da Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, a Sema. O artigo quarto da portaria exime de licenciamento hotéis e pousadas com até 50 leitos “em razão de seu potencial poluidor/degradador reduzido”.

A Sema do Maranhão informou que o potencial de impacto reduzido deve ser comprovado para dispensar o licenciamento. O órgão disse ainda que o requerimento de dispensa da Ilha do Caju LTDA está em análise, já que “foram identificadas pendências técnicas que precisam ser sanadas pelo empreendedor”.

Entre as pendências estão a anuência da Superintendência do Patrimônio da União no Maranhão, a SPU, e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o ICMBio; projeto de esgotamento sanitário aprovado pela concessionária local; projeto de implantação das estruturas, com informações detalhadas sobre o tipo de esgotamento sanitário, e informação sobre a eventual construção de novas edificações.

‘Eles só tiveram uma reunião com a gente. Apresentaram o projeto e perguntaram se aquela reunião podia servir para isso [consulta prévia], e eu disse que não.’

Até o momento não houve emissão de nenhuma autorização, de acordo com a Sema.

A Ilha do Caju LTDA informou que já conta com alvará de funcionamento e certidão de uso e ocupação do solo para a construção de imóvel em área de quase 1,2 mil metros quadrados. Os dois documentos foram expedidos este ano pela prefeitura de Araioses, Maranhão. O Intercept procurou a prefeitura de Araioses, mas não teve retorno.

Donos vendem luxo contemplativo
O sueco Jimmy Furland e sua esposa Natália Furland, natural de Fortaleza, já são donos do Hotel Casana, um empreendimento de pós-luxo na praia do Preá, município de Cruz, no Ceará. O hotel oferece apenas sete bangalôs, sendo duas suítes com piscina.

A diária mais barata no Casana sai por quase R$ 7 mil. A mais cara, mais de R$ 12 mil.
Outro empreendimenro do casal Furland fica no Ceará e tem diárias que chegam a R$ 12 mil. (Foto: Site do Hotel Casana)
O propósito dos empresários é replicar a ideia na Ilha do Caju, transformando o território “em um destino de ecoturismo sustentável, voltado à contemplação da natureza e à conscientização e preservação ecológica”.

Pelo contrato de aforamento com a União, os empresários pagam a bagatela de R$ 907,06 por ano, de acordo com valor de 2024 informado pela SPU.

O casal Furland não disse quanto pagou aos antigos donos pela transferência de titularidade da ilha e pelas benfeitorias já existentes no local. Por imagens de satélite, é possível ver um trapiche, estradas de terra, pelo menos dez construções de alvenaria de diferentes tamanhos e um conjunto de painéis solares. Tudo isso em cerca de 70 hectares.

Pesquisa em sites de imobiliárias apontam que os valores do metro quadrado de uma ilha podem variar bastante na região.

No município de Humberto de Campos, no Maranhão, a cerca de 170 km em linha reta da Ilha do Caju, uma ilha de 1,76 milhão de metros quadrados está à venda por R$ 7 milhões. Esse tamanho equivale a menos de 2% da Ilha do Caju, que tem 90 milhões de metros quadrados.

Outra ilha no mesmo município, com 35 milhões de metros quadrados, custa cerca de R$ 60 milhões. Na primeira, o valor do metro quadrado é de R$ 4; o da segunda é R$ 1,7.

Se fosse vendida pelo valor mais baixo do metro quadrado apurado, a Ilha do Caju sairia por R$ 153 milhões. Pelo valor mais alto, R$ 360 milhões.

Segundo a corretora de uma imobiliária de São Luís, capital maranhense, não é possível estabelecer um preço médio do metro quadrado das ilhas. O valor é estabelecido a partir do tamanho, localização, infraestrutura existente e documentação das terras.

Empresa é vinculada a infração ambiental
A Ambipar, a responsável por tocar o projeto de carbono azul, é uma das maiores empresas do país no ramo de soluções ambientais. Seu dono, Tércio Borlenghi Junior, ficou bilionário oferecendo projetos de gestão de resíduos, reciclagem, locação de equipamentos, pesquisa, entre outros, para empresas em mais de 40 países.

Em 2024, a empresa fechou contratos de quase meio bilhão de reais com o governo federal para serviços logísticos que envolvem gestão ambiental. No início de 2025, o Ministério dos Povos Indígenas assinou um protocolo de intenções com a Ambipar para a realização de projetos de conservação e recuperação ambiental, prevenção a eventos extremos, como incêndios e enchentes, e outros serviços.
Atividade da cata de caranguejo é uma das mais presentes na região. Seguranças teriam pego cordas de caranguejo dos catadores. (Foto: Ingrid Barros/Intercept Brasil)
Em maio deste ano, Borlenghi Junior assinou acordo de cooperação técnica de dois anos com o Supremo Tribunal Federal, o STF, para compensar integralmente as emissões de gases de efeito estufa associadas às atividades do Supremo em Brasília.

Na mão oposta dos serviços que oferece, a Ambipar acumula mais de R$ 22 milhões em multas ambientais registradas em 2024 pelo Ibama. Apuração do site Metrópoles apontou que a Ambipar foi contratada pela Petrobras para implementar monitoramento de praias em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, e Aracruz, no Espírito Santo, mas não cumpriu suas obrigações.

Na ocasião, a Ambipar informou que o Ibama cancelaria as multas por falta de comprovação das irregularidades, e que aguardava julgamento do órgão colegiado. Em outubro, as multas continuavam ativas no site do órgão federal.

Menos conhecida que a Ambipar, a Nutripetro é outra empresa de Tércio Borlenghi Junior. Trata-se da personalidade jurídica de um porto que o empresário tentou implantar em 2014 no bairro de Barra do Riacho, em Aracruz, no Espírito Santo.

Entre as funções do porto descritas no Relatório de Impacto Ambiental, estava auxiliar operações de petróleo e gás em plataformas marítimas afastadas da costa.

Pescadores da região potencialmente impactados pelo empreendimento denunciaram ao Ibama e aos Ministérios Público Federal e Estadual a devastação que seria causada pelo porto aos manguezais, animais marinhos e a cerca de 400 pescadores e suas famílias, que perderiam suas casas e sustento.

Para adequar a construção do porto, a prefeitura de Aracruz mudou o zoneamento de Barra do Riacho de residencial para portuário. Um abaixo assinado anexado ao projeto de lei a favor da alteração trazia assinaturas falsas e de menores de idade, segundo Ministério Público do Espírito Santo.

O porto de Borlenghi Junior foi barrado pelo Ibama pelos seus impactos à Terra Indígena Comboios e à vida marinha na região. Na Junta Comercial do Espírito Santo, a Nutripetro segue com registro ativo e capital social de mais de R$ 50 milhões.

Ilha está nas mãos de estrangeiros há décadas
A Ilha do Caju está nas mãos de estrangeiros e seus familiares há mais de meio século. O primeiro contrato de aforamento da Ilha do Caju de que se tem registro foi assinado em dezembro de 1950, e durou quase 72 anos. O proprietário era o empresário inglês James Frederick Clark, que em 1869 se estabeleceu na cidade de Parnaíba, no Piauí.

Ao longo das décadas, a ilha e a fazenda de gado criada nela foram administradas pelos descendentes do empresário, até chegar à sua bisneta Ingrid Clark. Em 2022, ela vendeu a propriedade ao casal Jimmy e Natália Furland.
O primeiro contrato de aforamento da Ilha do Caju foi assinado em dezembro de 1950, e durou quase 72 anos. (Foto: Ingrid Barros/Intercept Brasil)
Em uma edição de 1996 do Globo Repórter sobre o Delta do Parnaíba, Ingrid aparece falando sobre a preservação da Ilha do Caju. A fazenda da família foi transformada em pousada para turismo ecológico.

O programa mostra que, já naquela época, com o argumento da preservação ambiental, os nativos eram proibidos de usar a ilha para seu sustento. “Os velhos moradores da ilha são proibidos de derrubar áreas verdes para plantar suas roças. Por isso, alguns já foram embora”, narra a repórter Isabela Assumpção.

O agricultor Francisco Batista da Costa, entrevistado pela jornalista na época, afirmou que se não tivesse aposentadoria, estaria morto.

Durante reunião no início do ano para ouvir as denúncias dos pescadores, a AmarDelta registrou que os nativos mais velhos narram abordagens violentas de funcionários dos antigos proprietários, que furavam canoas ancoradas nas praias da ilha e chutavam as panelas onde os pescadores preparavam comida durante os dias de pesca.
“Dentro dessa dinâmica do [projeto] carbono azul, tudo tem carbono. Então não pode pegar caranguejo porque tem carbono, não pode mexer no manguezal porque tem carbono. Tudo tem que ficar intocável. Você reduz a natureza ao carbono, e reduz todos os demais ciclos biológicos que acontecem ali”, diz Luciano Galeno, agente do Conselho Pastoral dos Pescadores no Piauí. Para ele, se a região está preservada, é porque os pescadores e catadores fazem o uso sustentável dos recursos.
Preservação é ancorada em conflitos
Projetos como o Carbono Azul prometem preservar ecossistemas e evitar o aumento da temperatura no planeta, causado pela emissão excessiva de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono.

Eles alegam evitar o desmatamento e, com isso, garantir a absorção de dióxido de carbono da atmosfera pelas florestas em pé. Assim, empresas como a Ambipar transformam o carbono retido em créditos, que depois são vendidos a outras empresas.
Pescadores e catadores dizem que empresa estaria utilizando seguranças armados e drones para vigiar a ilha e impedir o trabalho deles. (Foto: Ingrid Barros/Intercept Brasil)
É o chamado mercado de carbono, onde uma tonelada de dióxido de carbono equivale a um crédito.

Em geral, as empresas que compram os créditos são grandes poluidoras, como companhias aéreas, por exemplo. Ao comprar os créditos do carbono estocado em florestas ou mangues preservados, a companhia aérea não reduz suas emissões de dióxido de carbono, já que continua queimando a mesma quantidade de combustível nas suas operações. O que ela faz é pagar à vendedora do crédito para compensar sua poluição, e não evitá-la.
“Ou seja, o excesso de emissões de uma empresa pode ser ‘anulado’ pela compra de créditos de outra, permitindo que empresas sigam poluindo enquanto declaram a chamada ‘neutralidade climática’”, explicam a pesquisadora e professora Fabrina Furtado, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, e o economista Gabriel Strautman, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no artigo “O direito de poluir como política climática”.
O Intercept já publicou duas reportagens mostrando como esse tipo de empreendimento vem causando conflitos em territórios de povos e comunidades tradicionais no Maranhão e Pará.

Para Andrei Cornetta, pesquisador e professor do Instituto Federal de São Paulo, o IFSP, a expulsão de comunidades tradicionais dos seus territórios é uma “ironia cruel” do modelo de preservação ancorado no comércio de créditos de carbono.
“Quando uma árvore ou um hectare de floresta se torna créditos compensatórios de emissões de gases de efeito estufa, ele deixa de ser parte de um ecossistema integrado ao modo de vida de comunidades cujos territórios são marcados pela presença de florestas”, diz o pesquisador, autor do estudo “Políticas climáticas e desdobramentos territoriais no estado do Maranhão: diagnóstico sobre projetos de carbono florestal – REDD+ Jurisdicional”, ainda inédito.
‘Quem sempre foi o guardião é recategorizado como uma ameaça, um ‘inimigo’ do ativo ambiental, para garantir a ‘credibilidade’ desse novo mercado.’

Cornetta ressalta que as práticas tradicionais de manejo, que são adaptativas e sustentáveis, são reinterpretadas por essa lógica financeira como risco ou degradação. “O agroextrativismo, a roça de coivara, o uso da madeira para construção – atividades que foram essenciais para a conservação dessa paisagem – passam a ser vistas como um problema”, analisa.

O valor do território apropriado pelas empresas foi construído pelo trabalho histórico de preservação das comunidades como as do pescador Leandro dos Santos, que depois são isoladas desse mesmo território pelas empresas, explica o pesquisador.
“Quem sempre foi o guardião é recategorizado como uma ameaça, um ‘inimigo’ do ativo ambiental, para garantir a “credibilidade” desse novo mercado”.
O site Carbon Violence – Violência do Carbono, em tradução livre –, mapeia diferentes violações cometidas na execução de projetos de carbono ao redor do mundo. Outra iniciativa que investiga essas atividades é o Carbono Turvo, plataforma que tenta driblar a falta de transparência do setor ao pesquisar, compilar e apresentar dados sobre projetos de carbono na Colômbia, Brasil e Peru.

Perguntamos à Ambipar qual a previsão de créditos de carbono a serem vendidos com o projeto Carbono Azul na Ilha do Caju, por quanto, para quem seriam vendidos e quem faria a venda. A empresa não respondeu.

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

STF derruba decisão que autoriza enfermeiros a fazer aborto legal

Medida do ministro Barroso foi proferida na última sexta-feira
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta segunda-feira (20) placar de 8 votos a 1 para derrubar a liminar do ex-ministro Luís Roberto Barroso que autorizou enfermeiros e técnicos em enfermagem a realizarem abortos que estão previstos em lei, como casos de estupro, risco à saúde da gestante e de fetos anencéfalos.

A decisão de Barroso foi proferida na sexta-feira (17), último dia do ministro na Corte. No último sábado (18), ele se aposentou antecipadamente.

Após o ministro conceder a autorização, foi iniciada votação no plenário virtual para decidir se a medida será referendada.

A maioria dos ministros seguiu voto divergente de Gilmar Mendes. Para o decano do STF, não há urgência no tema para justificar a concessão de uma liminar (decisão provisória).

“A questão submetida à apreciação possui inegável relevo jurídico. Nada obstante, com o devido respeito às posições em sentido contrário, não vislumbro, na espécie, preenchidos os requisitos autorizadores da concessão de provimento de índole cautelar”, decidiu o ministro.

O voto de Mendes foi seguido pelos ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino, Nunes Marques, André Mendonça, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli.

Faltam os votos da ministra Cármen Lúcia e de Luiz Fux. A votação está prevista para terminar na sexta-feira (24).

A decisão foi proferida em duas ações protocoladas por entidades que apontaram precariedade da saúde pública na assistência de mulheres que buscam a realização de aborto legal em hospitais públicos.

Barroso entendeu que enfermeiros e técnicos em enfermagem podem atuar na interrupção da gestação. Para o ministro, a atuação deve ser compatível com o nível de formação profissional em relação a casos de aborto medicamentoso na fase inicial da gestação.

Antes de deixar o Supremo, o ministro também votou pela descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez.

Após o voto, o julgamento foi suspenso por um pedido de destaque feito pelo ministro Gilmar Mendes. Não há data para a retomada do julgamento.

Agência Brasil

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Com inauguração da MA 312, Carlos Brandão entra para a história como o governador que mais fez por Araioses e região

Por Marcio Maranhão
Em mais um domingo festivo, 19 de outubro de 2025, foi entregue à população o trecho pavimentado da rodovia estadual MA 312, interligando o município de Água Doce ao povoado Monte Vidí, em Araioses. A solenidade, marcada por uma carreata que saiu de Água Doce e percorreu o novo traçado até Monte Vidí, culminou em grande festa que reuniu moradores dos dois municípios. A inauguração contou com a presença, além do governador Carlos Brandão, dos secretários estaduais Márcio Machado (SEGOV), Paulo Casé (SEDES) e Orleans Brandão (SEAM), o deputado Pedro Lucas, prefeitos da região e lideranças locais.
Com este ato simbólico, Brandão consolida sua marca no Baixo Parnaíba como o governador que mais investimentos fez por Araioses e região nos últimos três anos. A inauguração da MA 312 — que pavimenta 15,8 quilômetros de estrada entre Água Doce e Monte Vidí, — é mais do que uma obra de engenharia rodoviária: representa um elo de progresso que conecta pessoas, fortalece economias locais e redesenha o futuro da região.

Um governo, muitas obras
Em apenas três anos, a gestão de Carlos Brandão tem deixado um legado notável em Araioses e municípios vizinhos. Algumas das ações mais expressivas:
Sistemas de abastecimento de água
Em 26 de janeiro de 2025, foram entregues sete Sistemas Simplificados de Abastecimento de Água (SSAA), beneficiando nove povoados rurais (entre eles Baixão das Palmeiras e Buriti Redondo). A iniciativa envolveu perfuração de poços, manutenção de instalações elétricas, implantação de reservatórios e redes de distribuição domiciliar.
Ainda, no ato de assinatura da ordem de serviço da MA 312 foram planejadas mais entregas e revitalizações de sistemas nos povoados Pedrinhas, Mariquita, Baixão das Vassouras e Gado Bravo.
Infraestrutura urbana e rural
No povoado Barreirinhas, mais de 500 metros de pavimentação com blocos sextavados e meios-fio foram executados pela SEGOV, beneficiando as principais vias locais.
No povoado Placa, foi entregue uma nova praça com quiosques, com o objetivo de servir de mercado local para catadores e artesãos.
Também foram entregues 15 motores de rabeta para apoio à pesca local, além de viabilização da unidade de beneficiamento de caranguejo, fortalecendo a cadeia econômica da pesca artesanal.
Outros projetos e articulações regionais
A regional dos Lençóis Maranhenses e o Baixo Parnaíba vêm recebendo aportes em rodovias como MA‑315 (Barreirinhas–Paulino Neves) e MA‑320 (Santo Amaro ao Sangue), além de reformas de delegacias, espaços públicos e investimentos em educação e turismo. 
Deputados estaduais já elogiaram o governador por entregar obras consideradas “impossíveis” até então, classificando Brandão como um verdadeiro agente do municipalismo ativo. 
Diante desse acúmulo de entregas diretas no município, Araioses hoje conta com mais iniciativas de governo estadual do que muitas vezes consegue executar por conta própria — algo raro na história local.

Márcio Machado: filho da terra, articulador estratégico
Não se pode falar das conquistas de Araioses sem referir-se ao secretário de Estado de Governo, Márcio Machado. Natural do município, ele ocupa um papel-chave no organograma estadual: à frente da SEGOV, é responsável por articular internamente projetos, alinhar parcerias políticas e exercer influência decisiva na priorização de obras para regiões historicamente marginalizadas.

Como “filho querido do município”, Machado carrega legitimidade local e sensibilidade política. Sua liderança é estratégica: ele, mais do que técnico, atua como ponte institucional entre o Governo do Maranhão e as demandas da população do Baixo Parnaíba. Em várias ocasiões, foi ele quem encabeçou a entrega dos sistemas de abastecimento, a pavimentação de ruas locais ou a articulação para que investimentos chegassem com mais celeridade à região. 

No cenário político estadual, sua atuação tem sido elogiada e reconhecida — um gestor técnico, ao mesmo tempo, sensível às demandas mais urgentes de todos os municípios maranhenses. Na SEGOV, tem sido motor de efetivação de políticas para aqueles que ficam muitas vezes longe dos holofotes. 

A MA 312: o novo vetor de desenvolvimento
A inauguração da MA 312 representa um divisor de águas para o Baixo Parnaíba. Veja por quê:
Integração regional
A nova estrada encurta distâncias entre Araioses e Água Doce, facilitando mobilidade, transporte de bens, acesso a serviços de saúde e educação. Agora, ambas as cidades têm uma via confiável para interligação direta. 
O governador apontou que a MA 312 também une o cinturão dos Lençóis Maranhenses ao Delta do Parnaíba, ampliando o corredor turístico da região.  
Estimulo ao turismo e à economia local
O escoamento de produtos agrícolas, pesca e caranguejo será mais ágil e seguro. A obra tem impacto direto no setor pesqueiro local, ao mesmo tempo em que abre caminho para incrementar o turismo ecológico, cultural e de praia. 
Valor simbólico e político
A entrega da estrada sinaliza ao eleitorado que uma administração governamental pode fazer concretamente grandes transformações mesmo em áreas remotas. Para o governo, é consolidar credibilidade — uma demonstração de que a promessa se transforma em obra palpável.

Para a população de Água Doce, a estrada agora é símbolo de pertencimento ao Maranhão integrado. Em Araioses, é complemento ao anseio secular de conectividade. Para o governo estadual e para Brandão, é prova viva de uma administração que não terceiriza sonhos: realiza-os.

Que marca fica para Brandão?
Para o futuro — e para os araiosenses que viveram de perto esse momento — Carlos Brandão será lembrado como o governador que mais investiu no município em tão pouco tempo. Não se trata apenas do volume ou do valor dos investimentos, mas da profusão de áreas envolvidas: infraestrutura, saneamento, mobilidade rural, fortalecimento da pesca, urbanismo e articulação regional.

Não é exagero afirmar que hoje Araioses ostenta mais entregas estaduais do que muitas cidades de porte similar que dependem apenas do poder municipal. Isso reflete uma gestão que entendeu que governar é, sobretudo, priorizar onde até então reinava abandono.

Na inauguração da MA 312, o discurso esteve alinhado à prática. A presença marcante de Brandão ao lado de Márcio Machado e Paulo Casé, e o reconhecimento dos prefeitos e da população, selaram um pacto simbólico: o de que a estrada pavimentada é um novo capítulo para Araioses e Água Doce.

Se as próximas gestões manterem esse impulso, o Baixo Parnaíba pode assistir nas próximas décadas à virada estrutural que muitos aguardaram por mais de meio século. E será lembrado que, em 2025, a MA 312 entrou em cena, e com ela a confirmação de que Brandão fez o que muitos, até então, haviam apenas prometido.

Os araiosenses reconhecem, ainda, que tiveram o apoio decisivo do secretário e concidadão Marcio Machado, para que tal sonho, por 50 anos apenas sonhado, virasse, com Brandão, uma realidade.

Esquema de emendas desbaratado pela PF movimentou R$ 1,5 milhão em 10 dias

Saque apreendido com assessora presa na sexta-feira, 17, foi apenas o terceiro de um total de quatro, que seria concluído nesta segunda-feira, 20, beneficiando oito parlamentares
OITO DEPUTADOS estão envolvidos no esquema de repasse de emendas ao Boi de Maracanã e à Companhia Catarina Mina
Os R$ 400 mil apreendidos pela Polícia Federal em posse da assessora parlamentar Larissa Rezende Santos, na sexta-feira, 17, foi o terceiro de uma série de quatro saques em espécie, programados entre os dias 7 de outubro e esta segunda-feira, 20. Três desses quatro saques foram efetivados, totalizando R$ 1,5 milhão.

  • no dia 7 de outubro, uma terça-feira, foram sacados R$ 500 mil;
  • em 14 de outubro, outra terça-feira, mais R$ 500 mil foram sacados;
  • na sexta-feira, 17, novo saque, de R$ 500 mil, que levou às prisões pela PF.
“Narra a Autoridade Policial, no auto de prisão sob análise, que ‘existem fartos elementos informativos indicando que o valor apreendido com os flagranteados é proveniente dos crimes de peculato e corrupção passiva, uma vez que os recursos eram destinados à realização de um evento alusivo ao dia das crianças, em 12/10/2025, o qual não foi realizado, tendo o montante sido indevidamente repartido entre os conduzidos e, possivelmente, outras pessoas ainda não identificadas’”, diz o Auto de Prisão em Flagrante encaminhado pelo Ministério Público ao Tribunal de Justiça.
O dinheiro era sacado pelos representantes da Companhia Catarina Mina, Ivan Jorge Madeira, e do Boi de Maracanã, Maria José de Lima Soares.

O relatório da Polícia Federal monitorou quatro saques em espécie, um deles programado para esta segunda-feira, 20, no valor de R$ 300 mil, e que, provavelmente, será abortado diante da prisão da sexta-feira, 17.

Pelo flagrante da Polícia Federal é possível saber que as duas instituições envolvidas emitiam notas fiscais para receber os valores das emendas – ficando com apenas 10% do total, incluindo recursos para pagamentos de impostos. No total, os dois repassaram à assessora parlamentar exatos R$ 1,2 milhão num intervalo de 10 dias.
  • na peça da PF são citados oito deputados estaduais que, segundo a PF, foram ou seriam beneficiados com os repasses; 
  • a investigação pede a quebra dos sigilos bancário e telefônico de todos os envolvidos nas operações com as entidades.
Por envolver parlamentares, com prerrogativa de foro, o processo está sob a supervisão do Tribunal de Justiça do Estado.

Os três presos foram liberados após audiência de custódia, no sábado, 19.

Assessor Especial do Município de Araioses na gestão de Neto Carvalho é preso em Cocal

Por Marcio Maranhão
Com informações de Litoral News
Foi cumprido nesta noite de segunda-feira 20, mandado de prisão em desfavor de Fabrício da Conceição, ex-assessor da prefeitura de Parnaíba, desempenhava atualmente a função de Assessor Especial do prefeito Neto Carvalho, atual gestor de Araioses–MA. A prisão aconteceu no município de Cocal no Piauí.

Fabrício da Conceição, vulgo Palaqueta, é conhecido popularmente como “Veja” na cidade de Araioses. A prisão ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão preventiva e acontece em um momento de forte pressão sob a administração de Neto Carvalho, em razão do grande número de contratados de outros municípios ganhando altos salários pagos com o dinheiro público dos araiosenses e os diversos indícios de corrupção em apenas dez meses de gestão.
Segundo informações do delegado Ayslan Magalhães, que acompanhou a operação, Fabrício já respondia a um processo por apropriação indébita, mas não vinha cumprindo as determinações judiciais, o que motivou o mandado de prisão. Ainda de acordo com o delegado, ele também é acusado de extorsão, crime ocorrido no ano de 2023, e estava sendo procurado pelas autoridades.
No momento da abordagem, Fabrício alegou desconhecer os motivos da prisão. No entanto, a Polícia Civil confirmou que a medida foi baseada tanto no descumprimento de ordens judiciais quanto nas investigações em andamento.

A prisão de um assessor com ligação direta ao gabinete do prefeito Neto Carvalho acende o alerta político em Araioses e deve gerar novos desdobramentos nos próximos dias. A gestão municipal, em tão pouco tempo, já enfrenta fortes questionamentos relacionados à transparência e ao uso de recursos públicos.

Prefeitura de Araioses ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

sábado, 18 de outubro de 2025

MA 312 ligando Araioses e Água Doce será inaugurada nesse domingo 19, pelo Governo do Maranhão

Por Marcio Maranhão
Neste domingo, 19 de outubro, o Governo do Maranhão realiza a inauguração oficial da MA-312, estrada que interliga os municípios de Araioses e Água Doce do Maranhão. A solenidade, marcada para as 8h30, contará com a presença do governador Carlos Brandão, dos secretários estaduais Marcio Machado (SEGOV) e Paulo Casé (SEDES), além de lideranças locais e da população que há décadas aguardava por esse momento.

A programação oficial inclui a recepção dos convidados, seguida pela cerimônia de inauguração. Após o ato, será realizada uma carreata da entrada de Água Doce até o povoado Monti Vidi em Araioses, onde acontecerá um churrasco de confraternização com 10 bois no rolete — símbolo da celebração popular e da união entre os dois municípios.

A pavimentação da MA-312 representa um marco na política de infraestrutura do estado. A obra atende a uma demanda histórica da população do Baixo Parnaíba e tem como objetivo melhorar a mobilidade, fomentar o turismo regional e impulsionar o desenvolvimento econômico e social. A nova estrada facilitará o escoamento da produção agrícola, o acesso a serviços públicos e o intercâmbio cultural entre Araioses e Água Doce, além de fortalecer o potencial turístico da região, que abriga paisagens naturais exuberantes e comunidades tradicionais.
A atuação estratégica do secretário Marcio Machado, titular da Secretaria de Governo (SEGOV), foi decisiva para a concretização desse sonho. À frente da pasta responsável pela articulação política e pelos principais investimentos do estado, Machado coordenou esforços intersetoriais, viabilizou recursos e garantiu que a obra fosse executada com celeridade e qualidade. Sua liderança foi essencial para transformar uma reivindicação histórica em realidade, promovendo justiça territorial e inclusão social.
“A MA-312 é mais do que uma via asfaltada — é um elo de progresso que conecta pessoas, oportunidades e esperanças. Em nome do nosso governador Carlos Brandão, convidamos toda a população a participar deste momento histórico, que simboliza o compromisso do Estado com o desenvolvimento regional e com a melhoria da qualidade de vida dos maranhenses”, declarou Marcio Machado.

Programação oficial – Inauguração da MA-312

  • 8h30 – Concentração e recepção dos convidados
  • Solenidade oficial com presença do governador Carlos Brandão, Marcio Machado (SEGOV) e Paulo Casé (SEDES)
  • Carreata da entrada de Água Doce até Monti Vidi em Araioses
  • Churrasco de confraternização com 10 bois no rolete em Monti Vidi

A MA-312 é agora realidade. Venha celebrar com a gente!


Homenagem da ALEMA ao secretário Marcio Machado é prestigiada pelo Executivo, Judiciário e Legislativo maranhense

Por Marcio Maranhão
Em Sessão Solene realizada nesta quinta-feira (16), no Plenário Nagib Haickel, a Assembleia Legislativa do Maranhão concedeu a Medalha do Mérito Legislativo “Manuel Beckman”, maior honraria do Poder Legislativo do Maranhão ao secretário de Estado de Governo, Márcio Ribeiro Machado e ao diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento do Maranhão (Investi – Maranhão), Cauê Ávila Aragão.

A mesa de honra da cerimônia, foi composta por representantes dos três poderes, Iracema Vale, presidente da ALEMA, pela secretária de Estado Chefe de Gabinete do Governador, Luzia de Jesus Waquim, representando o governador Carlos Brandão; a deputada Daniella, autora das proposições; o presidente da Federação dos Municípios do Maranhão (FAMEM) e prefeito de Bacabal, Roberto Costa; a desembargadora Francisca Galiza, do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ/MA); o prefeito de Paço do Lumiar, Fred Campos , e o deputado Antônio Pereira.
Segundo a chefe do Legislativo Estadual, deputada Iracema Vale, que presidiu a sessão solene, a cerimônia foi uma das mais prestigiadas do Poder Legislativo do Maranhão, reunindo autoridades, familiares, amigos e convidados.

Além dos deputados Antônio Pereira e Daniella que compuseram a mesa, a cerimônia também foi prestigiada pelo parlamentar David Brandão.


Natural de Araioses, Marcio Machado, recebeu representando seu município de origem, o vereador por Araioses, Cesar Machado, o presidente do PT Araioses, Dr. Marcio Maranhão e a secretária de finanças e planejamento do partido, Nanda Araújo.

A presidente da Assembleia, Iracema Vale, destacou a contribuição dos homenageados ao desenvolvimento do Maranhão e à modernização da gestão pública.

“É uma homenagem justa. São dois homens públicos cuja trajetória honram o nosso estado e engrandecem o serviço público. Ambos representam o que há de melhor no serviço público maranhense: competência, ética, dedicação e, principalmente, amor ao Maranhão. Em nome do povo maranhense, expresso a nossa gratidão e reconhecimento a esses dois gestores públicos que honram a confiança do governador Carlos Brandão e contribuem para o avanço de nosso estado”, afirmou a chefe do Legislativo estadual.
Na saudação aos homenageados, a deputada Daniella ressaltou que a Medalha Manoel Beckman – maior honraria concedida pelo Parlamento maranhense – é um reconhecimento à dedicação e ao compromisso dos agraciados com o desenvolvimento do Maranhão.

“Cauê Aragão e Márcio Machado representam o perfil de gestores comprometidos, que fazem a diferença na administração pública e contribuem, com trabalho e resultados, para o progresso do nosso Estado”, destacou a parlamentar.
“Expresso gratidão por esse reconhecimento. Agora, vamos fazer 22 anos de serviços prestados ao povo do Maranhão. Neste momento especial, renovo o compromisso de trabalhar mais ainda em benefício do Estado e sua gente”, disse Márcio Ribeiro Machado.
Trajetória
Márcio Ribeiro Machado, é Engenheiro Civil, recebeu a comenda em reconhecimento à sua trajetória no serviço público e às contribuições para o desenvolvimento do Maranhão.

Graduado pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Márcio Machado atua desde 1987 em cargos estratégicos nas esferas estadual e municipal, além de possuir experiência na iniciativa privada.

Entre as funções exercidas, destacam-se a presidência da Companhia de Habitação Popular do Maranhão (COHAB), a coordenação de projetos na Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) e a atuação na Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid), onde foi coordenador de Engenharia e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Rio Anil).

Atualmente, à frente da Secretaria de Estado de Governo (Segov), conduz programas estruturantes como o “Mãos à Obra”, que fomenta a manutenção da rede estadual com foco em inclusão social e geração de emprego, e o “Maranhão Livre da Fome”, voltado à redução da vulnerabilidade alimentar.






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