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sábado, 10 de junho de 2023

Araioses: Povoado Taperas é o retrato do abandono da gestão de Luciana Trinta às comunidades rurais


Em 1767, Araioses era somente uma povoação, contando com pouco menos de 50 casas, mas segundo nos conta a historiadora Sebastiana Monteiro, em seu livro de memórias, foi nessa época, por ocasião da visita do governador do estado, que Araioses deu seus primeiros passos para se tornar uma vila e mais tarde um município independente das vizinhas cidades.

E tudo isso, porque o governador ficou impressionado com o desenvolvimento da então aldeia, que já possuía comercio forte e uma das primeiras indústrias de toda a região: a fábrica de tecidos em Taperas.

O povoado, que motivou o governador do maranhão a elevar Araioses a condição de Vila, fica a um quilômetro e meio de João Peres e a exatos quatro quilômetros da sede do município.

Atualmente não possui mais a pujança do comércio, que vendia para todos os municípios vizinhos, agitava as águas do Rio Santa Rosa com barcos a vapor, trazendo e levando mercadorias para abastecer os mercados de Parnaíba no Piauí. E da fábrica, nem os seus alicerces foram preservados, junto a outros casarões e a casa grande, sede da fazenda.

Nas lembranças, restam ainda outras contribuições, como prefeitos, secretários municipais, secretários estaduais e até deputado. Mas tudo isso ficou apenas em uma vaga memória, já muito castigada pelo tempo e quase ninguém mais lembra.

O povoado Taperas, antes próspero, atualmente, é apenas abandono e sinônimo de ausência de políticas públicas.

Como pode, tão próximo e tão esquecido? Taperas não tem uma única ação do poder público municipal.

Não tem estrada, não tem escola, não tem um posto de saúde, não tem uma rua calçada, uma quadra ou uma pequena praça para jovens, crianças e idosos. Tem um poço, com água que chega até as casas, porque os moradores compraram a bomba. E a lâmpada de cada poste, de uma antiga rede privada, cada morador precisa substituir se queimar.

Na atual gestão, o que era ruim se agravou ainda mais.

Durante o tradicional Festejo de Santo Antônio, o segundo mais antigo do município, que possui a imagem esculpida por artistas portugueses e trazido na época dos veleiros ao Brasil e doada pelos patriarcas da Família Furtado à comunidade. Em todas as gestões, era comum o município trocar as lâmpadas da iluminação pública, a poda das árvores e pelo menos raspar a desgastada estrada, para que as comunidades vizinhas visitassem o povoado em segurança. Mas com Luciana, nem isso...

Hoje, dia 10, a comunidade celebrou a 10.º noite da festa, que se estenderá até o dia 13, com o encerramento do trezenário. Mais comunidades virão. E verão, o quão Luciana pode ser ainda pior.

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