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sexta-feira, 20 de abril de 2018

"Vamos aguardar para que possamos encontrar Lula", diz Nobel da Paz

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A dupla aguarda por autorização para visitar o ex-presidente
Adolfo Pérez Esquivel e o teólogo Leonardo Boff não tiveram autorização da Justiça para visitar o ex-presidente

O prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, e o teólogo Leonardo Boff, não conseguiram visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da sede da Superintendência da Policia Federal, em Curitiba, na manhã desta quinta-feira 19. O pedido encaminhado pelas advogadas de Esquivel deu-se na segunda-feira 16. Até o momento, a dupla não conseguiu se encontrar com o petista.

Esquivel, assim como Boff, é amigo de Lula há mais de 30 anos. “Além de amigo pessoal de Lula, minha visita é na condição de assistência religiosa” afirmou o teólogo. Ele pretendia entregar, pessoalmente, dois livros ao ex-presidente. Um de sua autoria, “O Senhor é Meu Pastor – Consolo Divino para o Desamparo Humano” e outro de Carlos Mestres, “A Missão do Povo que Sofre – Tu És meu Servo”.

No portão da Delegacia, Boff escreveu uma dedicatória a Lula e pediu que os livros fossem encaminhados ao ex-presidente. O teólogo levava pendurado no pescoço um xale vermelho que, segundo ele, era um pedido do próprio Lula. “Ele pediu que quando o visitasse, não esquecesse de levar o xale vermelho”.

O Prêmio Nobel permaneceu pouco mais de 30 minutos na sede da PF. Na saída, foi econômico nas palavras. Disse que foi recebido pelo superintendente da corporação, Mauricio Valeixo, é que apenas foi comunicado que não poderia visitar o ex-presidente enquanto não houvesse autorização judicial.

“Não tive acesso ao presidente Lula. Gostaria de poder tê-lo visitado na companhia de Leonardo Boff, mas não foi possível. Espero que humanitariamente, no sentido de justiça, permitam que possamos nos encontrar com ele. Assim, não posso adiantar nada” afirmou.

Depois, caminharam até a concentração do acampamento Lula Livre para falar aos simpatizantes que se aglomeravam na praça Olga Benário – como foi batizada a esquina onde acontecem as manifestações. Ao se dirigir aos manifestantes, Boff os cumprimentou pela luta e pela resistência em favor de Lula.

Disse que a presença de cada um serve como uma injeção de esperança e ânimo, principalmente para alguém que está recluso não porque cometeu um crime, mas “pela dimensão política, pela significação que ele tem junto ao povo brasileiro, como grande líder carismático e servidor das causas populares”. Manifestou-se contrariado por não ter podido encontrar o amigo “para cumprir a missão que está escrito no evangelho de Mateus, quando ‘tive fome, me deste de comer; quando estive na prisão e foste me visitar’”.

Adolfo Esquivel falou de sua solidariedade ao povo brasileiros e que sua luta nesse momento é em favor de Lula livre. Disse que o que ”se passa com Lula é uma grande injustiça, mas o mais importante nesse momento é que povo esteja unido para conquistar a liberdade, verdade, e a justiça. Pela reparação dos danos feitos a Lula”. Falou sobre a impossibilidade de poder encontrar o amigo e que espera uma decisão favorável da Justiça brasileira. “Por enquanto, vamos esperar. Aguardar para que possamos encontra-lo, dar um abraço e manifestar a solidariedade que vem de todas as partes do mundo”.

De acordo com a advogada Tânia Mandarino, a expectativa é que a juíza decida ainda hoje pela possibilidade da visita.

Carta Capital

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