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quarta-feira, 22 de julho de 2015

Criador se volta contra a criatura; Zé Reinaldo quer Sarney com Flávio Dino

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O Pacto pelo Maranhão, proposto pelo ex-governador e agora deputado federal Zé Reinaldo Tavares, não tem nada de sério. É uma piada. Os principais líderes do ainda vivo grupo Sarney (o ex-senador e a filha) sabem disso e, por essa razão, permanecem sorrindo com a boca fechada, calados).

Exceto no processo histórico celestial, mas ainda assim Jesus Cristo teve lá suas dúvidas quando da crucificação, a criatura, vez ou outra, sempre se volta contra o criador. Na política, então, nem se fala.

Sarney só se deu conta muito tempo depois que o filho político não lhe obedecia mais, não seguia mais suas orientações e nem rezava mais a sua cartilha.

Zé Reinaldo descobriu mais cedo que criou um monstro. O fez deputado federal, com os votos dos currais eleitorais, insistiu para que ele fosse prefeito da capital, depois pediu para que não apoiasse abertamente o projeto de Edivaldo Holanda Júnior, e por último juntou todas as forças para elegê-lo governador.

Desde 2003 que Tavares, assim que se iniciou o rompimento, descobriu que Sarney era o câncer do Maranhão, representava o atraso e tudo de ruim que o estado tinha. E ajudou a enterrar o pai político, elegendo com a força da máquina seu sucessor, o ex-governador Jackson Lago.

Com Zé Reinaldo não durou muito tempo e a criatura logo foi afastando o criador. Foi oferecida ao ex-governador uma pasta (Minas e Energia) que só existe no papel. Deram a ele a Casa Civil, ocupado pelo sobrinho Marcelo Tavares, mas logo esvaziada, tirando recursos (em menos de quatro meses R$ 3,5 milhões) e transferindo para a superpoderosa Articulação Política de Márcio Jerry.

Sem contar nos cargos (mais de 200) para a mesma pasta de Jerry. O sobrinho ficou feito rainha da Inglaterra e vez por outra pede pra sair, mas logo é contido. O ex-governador se distanciou do Palácio dos Leões e sequer fora convidado para ir ao aniversário da criatura. Esse é o clima real.

Achar que depois de pregar a mudança, apresentar ao Maranhão um projeto inovador e salvador da pátria, antes de completar sete meses do novo governo, chamar Sarney e Roseana (sem mandatos) para ajudar a administrar, convocar o método velho e oligárquico, é no mínimo uma piada.

Aliás, o maior exemplo que Sarney tem como a criatura se volta contra o criador basta olhar para a própria filha. Foi Roseana a responsável pela implosão e derrota do grupo.

Luis Cardoso

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