![]() |
Ary Menezes (PP) e seu vice, Ronildo da Farmácia (MDB), em festa que comemorou o resultado das urnas - Imagem: Reprodução / Instagram |
Compra de voto e abuso de poder econômico motivaram investigações contra alguns prefeitos eleitos que tomaram posse nesta quarta-feira (1º).
O que aconteceu
Prefeitos investigados por compra de voto tomaram posse nesta quarta nos estados do Maranhão e Goiás. Ambos os casos foram em municípios com população inferior a 15 mil habitantes e em eleições apertadas.
Prefeito que tomou posso em Nova Olinda do Maranhão foi preso em dezembro. Ary Menezes (PP) tomou posse ao lado do seu vice, Ronildo Costa de Carvalho (MDB), popularmente conhecido como "Ronildo da Farmácia". Ary foi preso em dezembro, após ser alvo da Operação "Cangaço Eleitoral". Segundo a PF (Polícia Federal) ele estava envolvido em um esquema de compra de votos, aliciamento, intimidação e ameaça de eleitores do município.
Ele foi eleito por dois votos. O município de Nova Olinda do Maranhão teve a votação mais apertada do país — moradores questionam se a possibilidade de compra de votos pode ter prejudicado a sua adversária, Thaymara Amorim (PL).
Em menos de uma semana ele foi considerado foragido, preso e liberado. Após ter mandado de prisão expedido pela Justiça Eleitoral do Maranhão no dia 12 de dezembro, Ary se entregou na sede da PF, na capital do estado, São Luiz. Também foram presos o vice-prefeito eleito, a secretária de finanças do município e o sogro de Ary. prefeito passou por uma audiência de custódia no dia 16 de dezembro e liberado no dia 17.
Diferença de 12 votos em Aporé pode ter sido motivada por compra de votos
Prefeito de Aporé (GO) tomou posse durante investigação. Leonardo Carvalho (PP) também tomou posse durante investigação por abuso de poder econômico e compra de votos.
Em Aporé, promotora requereu a inelegibilidade de todos os acionados pelo período de oito anos. A 96ª Zona Eleitoral pediu a cassação dos registros de candidatura e dos diplomas de Leonardo e o seu vice Valdiney Souza da Costa (PSD). Um vereador e dois servidores da prefeitura também são investigados. O Ministério Público Eleitoral ainda destaca a influência do abuso de poder econômico no resultado apertado, que teve 14 votos de diferença.
Com evidente abuso do poder econômico, mediante promessas e entrega de quantias em dinheiro, buscaram angariar votos em benefício dos candidatos Leonardo e Valdiney, o que, inclusive, influenciou diretamente o resultado do pleito, já que houve uma ínfima diferença de 14 votos entre os candidatos vencedores, ora réus na presente ação, e os vencidos.
Ministério Público Eleitoral de Goiás
Justiça Eleitoral identificou momentos em que o vice comprou votos, vários deles foram descrito pelos promotores em ação de denuncia o caso. "Valdiney Souza da Costa, compareceu à residência de Gleidson dos Santos Vieira e Alessandra Ferreira dos Santos, que são irmãos, oportunidade em que, com a intenção de obter o voto de Alessandra, entregou a quantia de R$100,00 (cem reais) em dinheiro a ela, em 4 (quatro) cédulas de R$20,00 (vinte reais) e 2 (duas) cédulas de R$10,00 (dez reais)", aponta a promotora de justiça Heloiza de Paula Marques e Meirelles.
UOL