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Magalu

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Gastão Vieira afirma estar pronto para disputar um cargo majoritário


A cúpula do PMDB se reuniu, ontem em São Luis, para um ato político em apoio ao pré-candidato ao governo do Maranhão, o senador Lobão Filho. A solenidade contou com a participação de prefeitos, vereadores, lideranças políticas de todo o estado, além de deputados estaduais e federais e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.


O ex-ministro de Turismo, Gastão Vieira, falou em nome dos deputados federais. No discurso o parlamentar ressaltou a união do PMDB em torno da pré-candidatura de Lobão Filho, “nós temos discurso, nós temos um bom pré-candidato, nós temos a certeza de que nossas lideranças estarão juntas nessa caminhada”.

O deputado falou sobre o compromisso que tem com o partido, com o grupo político do qual faz parte e principalmente, com o desenvolvimento do Maranhão. “O político tem que ter a responsabilidade manter seu norte. Tenho as minhas divergências, mas as minhas convicções continuam as mesmas e a minha presença, de como ocorreu ao logo desse tempo, sempre se faz presente quando há o chamamento em benefício do nosso grupo”.

Gastão Vieira também falou sobre sua trajetória política e do fato de ter sido secretário de Planejamento do governo Lobão. “Ao longo da minha vida política, que não é curta, eu escrevi números, eu escrevi a minha história da qual nunca me afastei no exercício de cargos no Executivo, e posso dizer aos senhores, fui secretário de Planejamento do governador Edison Lobão, e durante três anos pude ver nele a vontade de ajudar o Maranhão, o seu espírito republicano e, acima de tudo, a vontade de respeitar todos aqueles que formavam o núcleo do seu governo”.

E deu uma boa notícia para os maranhenses, “Estive com o Ricardo Paes de Barros (subsecretário de Ações Estratégicas da Secretaria de Assuntos Estratégicos), e ele disse: O Maranhão foi o estado que mais cresceu no Nordeste, foi o estado que mais cresceu proporcionalmente no Brasil, em números de produtividade. Enquanto a indústria brasileira não consegue ter ganho de produtividade, a indústria atraída para o Maranhão pela governadora Roseana Sarney está aqui gerando riqueza, gerando acima de tudo ganhos de produtividade. Mas a renda se concentra ainda mais. E este é o grande desafio, fazer com que a riqueza seja distribuída entre o maior número de maranhenses”.

Durante o discurso o deputado Gastão Vieira voltou a afirmar que está na briga por uma vaga no Senado Federal, “estou pronto, aviso as minhas lideranças, para disputar um cargo majoritário, pela minha história, porque eu já fui longe demais, eu fui ministro de estado. Quantos brasileiros tiveram essa honra? Muito menos um garoto, filho de uma dona de casa e de um funcionário público. Eu posso encerrar minha carreira, já fui ao máximo que ela poderia me dar. O que eu não posso é encerrar o meu amor pelo meu estado, pela vontade de vê-lo crescer, de vê-lo se desenvolver. Esta é a crença a qual dediquei toda a minha vida política e, por isso, por esse amor que eu quero colocar o meu nome à disposição do meu grupo político para disputar uma eleição majoritária”, finalizou.

Jornal Pequeno

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Araiosenses pagam caro por iluminação publica e governo de Valeria esbanja recurso de forma irresponsável

Na contramão das exigências da sustentabilidade ambiental e no uso responsável dos recursos limitados do planeta. A Prefeitura Municipal de Araioses parece fazer pouco caso desses problemas que afetam a todos ao deixa as luzes acesas do serviço de iluminação pública do município 24 horas por dia.

A mais de um mês começamos a observar a situação de descaso com esse importante recurso, que embora seja esbanjado iluminando as ruas principais da cidade em pleno meio dia, faz muita falta aos moradores de ruas mais afastadas do centro, que ainda fazem uso de lanternas para andar pelos logradouros a noite, na cidade que desperdiça 50 por cento do potencial demandado à iluminação publica.

Talvez seja por esse motivo que em Araioses se paga tão caro por esse serviço. Para se ter uma idéia, em números aproximados, para cada cem reais pagos por cada família desse município, em uma tarifação residencial, cerca de dezesseis reais vai para os cofres da prefeitura. E não para por ai. O encargo sobre nossos comerciantes, já tão penalizados é ainda maior. Para os mesmo cem reais, vinte são apenas para pagar a lâmpada acesa, competir com a luz do sol durante todo o dia.

A Câmara Municipal é quem aprova a lei que define os valores a serem cobrados na conta de energia. E todo mês a CEMAR repassa este valor para a Prefeitura, para que ela faça a manutenção e a instalação de novos pontos para iluminar a cidade. Queremos que nossos vereadores revelem para a população qual o montante recebido pela prefeitura e exijam o uso eficiente desse recurso. A começar pela aquisição de um rele programável que na internet custa em media cem reais.


Marcio Maranhão

domingo, 6 de abril de 2014

Exclusivo: Lobão liga para aliados de peso para uma reunião amanhã

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disparou várias ligações agora à noite, aos aliados de peso da base do governo para uma reunião, que ocorrerá amanhã (7).
Com a definição da candidatura do filho, o suplente de senador Edinho Lobão, o ministro decidiu reunir o núcleo do poder para declarar apoio ao novo candidato ao governo do Maranhão.
Aliados de peso da base governista confirmaram aoBlog do Luis Pablo a ligação de Edison Lobão e disseram que não sabem se vão compactuar com a decisão de apoiar o filho do ministro. Eles acham que a governadora Roseana Sarney cometeu um grande, ao trair o ex-secretário Luís Fernando Silva.
Para muitos, Edinho Lobão é apenas um playboy querendo mostrar ao pai que é capaz. Alguns avaliam a candidatura do suplente de senador como o fim do grupo Sarney no Maranhão.
“O grupo Sarney entregou de bandeja o governo para Flávio Dino, colocando um playboy para ser candidato”, disse um aliado governista.

Luís Pablo

Confirmado: Roseana trai Luis Fernando e Edinho Lobão será o candidato a governador

Edison Lobão, Roseana Sarney e Edinho Lobão
Um fruto de uma grande conspiração deixa o ex-secretário de Infraestrutura, Luis Fernando Silva, fora da disputa pelo governo do Maranhão.

A governadora Roseana Sarney traiu o seu (agora) ex-sucessor, Luis Fernando que não será mais o pré-candidato ao governo.

Tudo começou no início da semana em Brasília e foi definido agora à tarde pela cúpula dos Leões. O candidato do grupo Sarney ao governo do Maranhão será o suplente de senador Edison Lobão Filho, Edinho (PMDB). O anunciou oficial deverá acontecer amanhã (7).

A decisão de lançar Edinho como candidato a governador foi durante uma reunião, que ocorreu entre Roseana Sarney, os senadores José Sarney e João Alberto, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) e o secretário Ricardo Murad (Saúde e Segurança).

O motivo de trair Luis Fernando seria em razão do grupo Sarney não estar disposto a investir na candidatura do sucessor. Para alguns, o grupo só quer ‘raspar o tacho’.

Como Edinho Lobão tem estrutura e o apoio do ministério de Minas e Energia, não terá dificuldade em receber a ajuda de multinacionais.

O ex-secretário Luis Fernando deverá fazer um pronunciamento sobre o caso.

Luís Pablo

sábado, 8 de março de 2014

Sobrou para Sarney

O Estado de São Paulo – Um ‘bate-boca’ na internet entre o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), e o perfil “Dilma Bolada”, mantido no microblog Twitter pelo humorista Jefferson Monteiro, atingiu por tabela o senador José Sarney (PMDB-AP) e levou outros participantes para a briga.
Albuquerque, um dos porta-vozes do provável candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, elogiou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ter tirado do ar uma página extraoficial de apoio ao socialista.

Em seguida, ele pediu que outras páginas, como a da Dilma Bolada, também tivessem o mesmo tratamento, por ser campanha irregular. Albuquerque provocou: “Fazer campanha antecipada é proibido por lei, querida. Você não está acima da lei, lindona”. Dilma Bolada respondeu: “No dia em que for proibido gostar de alguém e falar bem de alguma pessoa neste País, me avise. Até lá, falo bem de quem quiser”.

No auge da discussão, Albuquerque endereçou um post ao perfil oficial da presidente Dilma Rousseff (@dilmabr), sugerindo que havia campanha antecipada por parte dela. Provocado, o líder disse ainda que o senador José Sarney está casado há anos (com o governo do PT) e mandando nas Minas e Energia e na Esplanada. Começou então uma nova discussão com outros personagens que freqüentam o Twitter.


O perfil “Divonaldo”, que se apresenta como militante socialista da tendência Articulação de Esquerda, do PT, respondeu: “Muito me espanta o nobre falar de Sarney em Min. Vcs por 11 anos se fizeram valer do mesmo beneficio”. E acrescentou à frente a hashtag #hipocrisia.

John Cutrim

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Flavio Dino e Luciana Trinta arrastam uma multidão em nova visita ao Baixo Parnaíba na região dos Tabuleiros

O movimento Diálogos pelo Maranhão visita o Tabuleiro de São Bernardo, projeto do Governo Federal de irrigação para o Baixo Parnaíba. No município de Magalhães de Almeida, Flavio Dino, acompanhado de Luciana Trinta, maior liderança política dos municípios da região foi até o local em que foi instalada grande parte do maquinário do projeto de irrigação, programa federal para o leste maranhense e Piauí, mas que ainda precisa de esforços conjuntos entre as três esferas de poder – Federal, Estadual e Municipal – para atender às necessidades maranhenses.
A visita ao tabuleiro São Bernardo é marcada pela prioridade dada por Flávio Dino ao desenvolvimento do Maranhão com o incentivo à agricultura e a valorização do pequeno e médio agricultor. A efetivação de políticas voltadas para o desenvolvimento da agricultura faz parte do compromisso com a atenção aos arranjos produtivos pelo Maranhão, proposta amplamente debatida pelo pré-candidato ao governo do estado.
Na opinião de Flávio Dino, a atenção e o investimento de políticas públicas para a agricultura maranhense fazem parte não só de uma política de incentivo à produção, mas de melhoria nos índices sociais – incidindo diretamente na vida das pessoas – gerando emprego e renda para maranhenses, valorizando nossas riquezas e evitando o êxodo da população nascida no Maranhão em busca de oportunidade em outros estados.
Ao longo dos debates ocorridos no movimento Diálogos pelo Maranhão em todas as regiões do estado, a priorização da agricultura familiar tem sido uma questão presente. Flávio Dino defende o investimento e parcerias para dinamizar a produção, a industrialização e a comercialização dos produtos gerados pelo potencial agropecuário e pesqueiro maranhense.
Exemplos de desenvolvimento através da agricultura existem no Brasil e no Nordeste, como é o caso de Petrolina em Pernambuco, que hoje produz manga e uva para exportação. Além do impacto econômico positivo para todo o Estado, Petrolina é pólo da região e melhora a qualidade de vida, renda e emprego para a população.
O Governo Federal já possui um diagnóstico completo a respeito das condições do tabuleiro São Bernardo, que está incluso no Programa de Aceleração do Crescimento. Para colocá-lo em prática, é necessário além dos esforços federais, que obras que beneficiem a agricultura familiar sejam colocadas em prática com esforço de um governo estadual comprometido com o desenvolvimento da área, atendendo a população da região.

É o que se constata ao perceber que, dos 5 mil hectares de irrigação previstos, apenas 178 realmente funcionam hoje, produzindo banana, goiaba, macaxeira, coco, milho, caju e mamão. Organização e funcionamento do tabuleiro São Bernardo são passos fundamentais para que a produção agrícola em pequena e média escala se desenvolvam na região do Baixo Parnaíba.
Marrapá

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Manifestações culturais de bairros receberão apoio da Prefeitura, MAS EM PARNAIBA

Depois de ter ficado na historia por ter promovido um dos piores carnavais de Araioses. Prefeitura tentará em 2014 se redimir. E a exemplo do anunciado pelo blogueiro do governo de Araioses, mas que só fala das boas ações de Parnaíba, nós os araiosenses esperamos um carnaval com mais apoio aos blocos e demais manifestações de rua. E menos perseguição, a exemplo da que aconteceu ano a passado ao bloco Zé Pereira.

Carnaval 2014: Mais alegria e menos perseguição!

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Carta dos Bispos do Maranhão ao povo de Deus

Ao Povo de Deus e a todas as pessoas de boa vontade

“Justiça e paz se abraçarão” (Sl 85,11)

Ainda estão vivas em nós a forte emoção e dor, provocadas pelos últimos acontecimentos no Estado do Maranhão – a morte violenta da Ana Clara, criança de seis anos que faleceu após ter seu corpo queimado nos ataques a ônibus; os cruéis assassinatos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas; o clima de terror e medo vivido na cidade de São Luís.

A nossa sociedade está se tornando cada vez mais violenta. É nosso parecer que essa violência é resultado de um modelo econômico-social que está sendo construído.

A agressão está presente na expulsão do homem do campo; na concentração das terras nas mãos de poucos; nos despejos em bairros pobres e periferias de nossas cidades; nos altos índices de trabalhadores que vivem em situações de exploração extrema, no trabalho escravo; no extermínio dos jovens; na auto-destruição pelas drogas; na prostituição e exploração sexual; no desrespeito aos territórios de indígenas e quilombolas; no uso predatório da natureza.

Esta cultura da violência, aliada à morosidade da Justiça e à ausência de políticas públicas, resulta em cárceres cheios de jovens, em sua maioria negros e pobres. O nosso sistema prisional não reeduca estes jovens. Ao contrário, a penitenciária transformou-se em uma universidade do crime. Não nos devolve cidadãos recuperados, mas pessoas na sua maioria ainda mais frustradas que veem na vida do crime a única saída para o seu futuro.

Vivemos num Estado que erradicou a febre aftosa do gado, mas que não é capaz de eliminar doenças tão antigas como a hanseníase, a tuberculose e a leishmaniose.

É verdade que a riqueza no Maranhão aumentou. Está, porém, acumulada em mãos de poucos, crescendo a desigualdade social. Os índices de desenvolvimento humano permanecem entre os mais baixos do Brasil.

Não é este o Estado que Deus quer. Não é este o Estado que nós queremos! Como discípulos missionários de Jesus, estamos comprometidos, junto a todas as pessoas de boa vontade, na construção de uma sociedade fraterna e solidária, sem desigualdades, sem exclusão e sem violência, onde a “justiça e a paz se abraçarão” (Sl 85,11 ) .

A cultura do amor e paz, que tanto almejamos, é um dom de Deus, mas é também tarefa nossa. Nós, bispos do Maranhão, convocamos aos fieis católicos e a todas as pessoas que buscam um mundo melhor a realizarem um gesto concreto no próximo dia 2 de fevereiro, como expressão do nosso compromisso com a justiça e a paz. Neste dia – Festa da Apresentação do Senhor, Luz do mundo, e de Nossa Senhora das Candeias –, pedimos que se realize em todas as comunidades uma caminhada silenciosa à luz de velas, por ocasião da celebração. Às pessoas comprometidas com esta causa e às que não puderem participar da celebração sugerimos que acendam uma vela em frente à sua residência, como sinal do seu empenho em favor da paz.

Invocando a proteção de Nossa Senhora, Rainha da Paz, rogamos que o Espírito nos oriente no sentido de assumirmos nossa responsabilidade social e política para construirmos uma sociedade de irmãs e irmãos que convivam na igualdade, na fraternidade e na paz.

Centro de Formação de Mangabeiras-Pinheiro - MA, 15 de janeiro de 2014

Dom Armando Martin Gutierrez

Dom Carlo Ellena

Dom Élio Rama

Dom Enemésio Lazzaris

Dom Franco Cuter

Dom Gilberto Pastana de Oliveira

Dom José Belisário da Silva

Dom José Soares Filho

Dom José Valdeci Santos

Dom Sebastião Bandeira Coêlho

Dom Sebastião Lima Duarte

Dom Vilsom Basso

Dom Xavier Gilles de Maupeou d’Ableiges

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Pedrinhas, Maranhão, 2014



Por João de Deus Castro*

Neste início de ano, o Brasil foi tomado por notícias aterradoras do Maranhão. Nova rebelião em Pedrinhas, presídio localizado na região metropolitana de São Luís, com decapitações de internos, acumulando um saldo (oficial) de 63 mortos em 2013 e início de 2014; e ataques a ônibus, com uma vítima fatal, uma garotinha de 6 anos, Ana Clara. Uma palavra recorrente nos últimos dias: barbárie. Uma situação que até os políticos da base do governo da oligarquia Sarney tem como inadmissível. Claro, a barbárie é inadmissível, mas não as condições que a produzem. Essas devem ser mantidas intactas a depender do grupo familiar no poder.

Evidente que os Sarney não são os únicos responsáveis. A situação carcerária do país é um límpido emblema de nossa tradição autoritária, violenta e socialmente desigual em que se reservou aos pobres, principalmente negros, a razão de ser de um sistema penal profundamente lombrosiano[1]. A repressão aos “rolezinhos nos shoppings” também é exemplo desse tratamento criminalizante tradicionalmente dispensado às classes desfavorecidas. Tradição de que o clã Sarney é dos mais longevos representantes.

Por outro lado, os avanços sociais conquistados nos últimos 12 anos no Brasil não tiveram profundidade para mudar o quadro. E no caso do Maranhão, no que diz respeito a políticas públicas, seja lá ela qual for (educação, saúde, saneamento, segurança etc.), a estratégia é simples e o resultado cruel, e consiste em deixa-las totalmente a cargo do governo federal. Nada de esforços combinados. A prática propagandística do governo Roseana (PMDB) tem sido mostrar o que não produziu. Bolsa Família (programa de que o estado é o de maior contingente populacional beneficiado), Luz para Todos, expansão do ensino superior da rede federal e dos Ifma’s – políticas do governo Lula e Dilma – não tem sido suficientes frente à total falta de iniciativa na esfera estadual. Aí, a máquina pública foi como nunca privadamente apropriada.

A governadora deu à calamidade uma explicação singela. A causa de tudo isso é porque o estado está… “mais rico”. E a melhor reação a isto não adveio dos meios políticos. Em recente Carta dos bispos do Maranhão dirigida “ao Povo de Deus”, lê-se: “É verdade que a riqueza no Maranhão aumentou. Está, porém, acumulada em mãos de poucos, crescendo a desigualdade social. Os índices de desenvolvimento humano permanecem entre os mais baixos do Brasil”.

2014, como se sabe, é ano eleitoral, e a crise na segurança pública, ou melhor, sua repercussão nacional e internacional, caiu como uma bomba no colo de um governo já moribundo. Se as manifestações de junho de 2013 tiveram alvos difusos em todo o Brasil, no Maranhão tiveram um bem preciso e conhecido: a oligarquia Sarney e seu governo de quase 50 décadas praticamente sem interrupções. Retomadas neste início de ano, as mobilizações falam até mesmo em impeachment da governadora. Aliados políticos, como ratos, abandonam o navio naufragando, em direção a candidaturas de oposição – Flávio Dino (PCdoB) e Eliziane Gama (PPS). Roseana, vendo cada vez mais distante a possibilidade de eleger seu sucessor (cujo nome começa a ser esquecido), arrisca a sequer ser eleita senadora. E mais do que nunca tentará socorrer-se junto à candidatura Dilma.

Não é novidade que a aliança com Sarney traz constrangimentos ao PT e a Dilma. Um peso morto cada vez mais difícil de carregar e do qual possivelmente a direção nacional do partido quer se livrar. E o que não falta é motivo e oportunidade. Não bastasse os índices sociais do estado destoando completamente em relação ao resto do país, as crises e os escândalos, politicamente o sarneysmo está enfraquecido, e assim também e cada vez mais sua capacidade para chantagear no governo Dilma. A candidatura Flávio Dino, apesar de alianças esdrúxulas, é amplamente favorecida e desponta em todas as pesquisas com mais de 50% de intenções de voto. Uma retirada do PT-MA seria certamente a pá de cal no governo da oligarquia. Um destino justo e merecido, pois não se trataria de abandono de aliado fiel, mas de um grupo amplamente beneficiado com cargos federais e que deve sua sobrevivência política ao PT e que, contudo, não faz jus ao propósito de ascensão social dos oprimidos. Muito ao contrário, boicota-o sistematicamente, aguardando apenas um deslocamento mais à direita na presidência da república, alguém a que possa aderir mais confortavelmente, como foi com FHC, e como seria com Aécio ou Campos-Marina, ou seja, os que pretendem “derrotar o chavismo” no Brasil.

Enquanto o bloco petista no governo silencia, condição aliás em que esteve durante todo o governo Roseana, o campo da Resistência Petista, através de seus representantes na Executiva Estadual do PT, publica nota dirigida ao presidente nacional Rui Falcão e a todos os dirigentes do Partido em todas as esferas, mostrando um caminho de preservação da dignidade petista: “(…) O governo do Estado Maranhão é responsável pela produção de alguns dos piores indicadores sociais do país, como atestam diferentes relatórios do governo brasileiro e da ONU. Se no governo do Brasil, o PT assumiu o protagonismo na reversão dos indicadores sociais negativos, no Maranhão o PT participa de um governo que produz e aprofunda a exclusão social. Nestas circunstâncias, afirmamos em memória de Ana Clara e dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e cidade que vem sofrendo estas violências: é política e moralmente insustentável a participação do PT no governo de Roseana Sarney. Na condição de filiados do PT, propomos a imediata saída do governo Roseana Sarney para que a ampliação dos direitos conquistados nos dez anos de governança do PT no Brasil alcance o Maranhão”. Digno de nota e de atitude.

* Servidor Público do MPF/SP, ex-Sec. de Juventude do PT/Ma e ex-Sec. Geral do DCE-UFMA (2000-2001).

[1] Criminologista italiano, Cesare Lombroso é o formulador, no séc. XIX, da teoria do criminoso nato, um tipo físico que quase sempre se afasta dos padrões das classes abastadas.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Pena de morte no Maranhão já é uma realidade no pior presidio do mundo



Juiz fica impressionado com a “extrema violência” das facções que dominam o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.



CAROLINA BRÍGIDO (O GLOBO)

BRASÍLIA – Relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afirma que o governo do Maranhão tem se mostrado incapaz de conter a corrupção, as torturas e outras formas de violência no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, o único do estado. Por isso, o órgão quer tomar a frente do caso e atuar mais intensamente no presídio, para tentar evitar outras mortes e desrespeito aos direitos humanos no local. O documento foi elaborado após inspeção realizada no último dia 23 pelo CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Foram constatadas precariedade das instalações, violência sexual contra parentes de presos e maus-tratos contra os detentos. Neste ano, o presídio foi palco de 60 mortes.

“O Estado tem se mostrado incapaz de apurar, com o rigor necessário, todos os desvios por abuso de autoridade, tortura, outras formas de violência e corrupção praticadas por agentes públicos. Assim, indicamos a necessidade de atuação mais intensa deste Conselho com o objetivo de motivar as instituições locais para o cumprimento das recomendações anteriores deste Conselho, do CNMP e da própria OEA (Organização dos Estados Americanos)”, diz o documento.

O relatório leva a assinatura do juiz auxiliar do CNJ Douglas Martins, que esteve no presídio em companhia do conselheiro do CNMP Alexandre Berzosa Saliba. O documento foi entregue ao ministro Joaquim Barbosa, presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF).
“O número excessivo de mortes em um único ano é fato revelador da necessidade da comunhão de esforços para organizar o sistema prisional do Maranhão”, concluiu o juiz. “Verificou-se que as unidades estão superlotadas e já não há mais condições para manter a integridade física dos presos, seus familiares e de quem mais frequente os presídios de Pedrinhas”, arrematou.
O juiz se mostrou especialmente preocupado com a falta de vagas em unidades de saúde para as internações cautelares e para o cumprimento das medidas de segurança. Por essa deficiência, o poder público encaminha doentes mentais para o sistema prisional. “Este fato por si só já constitui grave violação de direitos humanos, mas poderá ter outras consequências, tais como eventual extermínio dos doentes mentais”, atesta Martins.
Ele contou que, antes de entrar em cada pavilhão, era necessária negociação com os líderes das facções. As grades das celas foram todas destruídas, comprometendo a segurança dos visitantes e deixando os presos todos misturados. “Esta impossibilidade de separação dos presos inviabiliza a garantia de segurança mínima para os presos sem posto de comando nos pavilhões”, constatou o juiz.
Ele relatou que as visitas íntimas são todas realizadas nas celas, em público. “Essa circunstância facilita o abuso sexual praticado contra companheiras dos presos sem posto de comando nos pavilhões”, diz o documento. Segundo Douglas Martins, as familiares e companheiras de detentos são frequentemente estupradas por outros presos com mais poder no local.
O juiz ficou impressionado com a “extrema violência” das facções que dominam o presídio. Martins conta que o presidente do sindicado dos agentes penitenciários mostrou a ele um vídeo no qual aparece um preso com a pele da perna dissecada, “expondo músculo, tendões, vasos e ossos”. Em seguida, ele é morto por outros detentos.
O Complexo Penitenciário de Pedrinhas possui vários estabelecimentos prisionais em que está recolhida a maior parte dos presos do Maranhão. Algumas cidades que enviam presos para o complexo estão localizadas há mais de 800 quilômetros da capital. Segundo o relatório, a grande concentração de presos, especialmente a mistura de detentos do interior com os da capital, foi o principal fator para a criação de facções no sistema prisional maranhense.
Em novembro de 2010, ocorreu em uma das unidades de São Luís uma grande rebelião, com 18 presos mortos, sendo três por decapitação. Em fevereiro de 2011, na cidade de Pinheiro, a 80 quilômetros da capital, seis presos detidos na delegacia foram mortos durante uma rebelião, sendo três decapitados.
Em seguida, o CNJ inspecionou a delegacia e constatou “superlotação, estrutura precária, comando de facções, más condições de higiene, falta de iluminação, alimentação inadequada, servidores desqualificados para as funções e péssimas condições de segurança”.
Em outubro deste ano, houve outra rebelião na Casa de Detenção no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. O resultado foi a destruição de várias celas, nove detentos mortos e 30 feridos. Em seguida, o CNJ e o CNJ fez inspeção em unidades do presídio e no hospital que atende os detentos. Depois disso, houve outras quatro rebeliões em unidades diferentes de Pedrinhas, com a morte de outros sete presos.

Oligarquia dá adeus a Luís Fernando

João Abreu já liga para prefeitos apresentando-se como candidato
Luís Fernando: fraco desempenho não resistiu às pressões dos contrários a sua candidatura no grupo Sarney
Luís Fernando: fraco desempenho não resistiu às pressões dos contrários a sua candidatura no grupo Sarney
Dois episódios recentes mostram como serão tristes os próximos meses para Luis Fernando que, durante todo o ano de 2013 teve todo o aparato do estado trabalhando para “viabilizá-lo” e chegar aos 25% de intenções de voto, mas que não ultrapassa 18% nas intenções de voto estaduais.
No primeiro episódio, o deputado Arnaldo Melo deixou o governo se desmoralizar na votação do orçamento até a véspera do Natal, para só então “mostrar força” e provar que o Palácio dos Leões não tem maioria para nada na Assembléia Legislativa.
No segundo episódio, e mais curioso, o secretário da Casa Civil, João Abreu, passou os últimos dias telefonando para lideranças municipais informando que Luís Fernando está fora do jogo, e que ele – João Abreu – vai tentar se viabilizar para a suposta eleição indireta na Assembléia.
O cerco à pré-candidatura de Luís Fernando vem se fechando já há algum tempo.
Há cerca de 2 meses, a mídia ligada ao grupo Sarney anunciou, com grande estardalhaço, que a candidatura de Luis Fernando ao governo do Estado seria lançada em um gigantesco Ato Político em Coroatá. Contudo, apesar de programado para um sábado, os ministros Lobão e Gastão Vieira, o deputado Sarney Filho e outras importantes lideranças do grupo alegaram não poderem comparecer, por terem outros compromissos. Como não convinha uma fotografia só com os desgastados irmãos Murad, o evento foi cancelado e nunca foi remarcado.
Desse fracasso em diante, o que era ruim só piorou. Em janeiro de 2013, os estrategistas da oligarquia decidiram que Luís Fernando só seria candidato se atingisse 25% nas pesquisas no fim deste ano.
De lá para cá, o esforço de propaganda que vem sendo feito desde 2011 só aumentou. Luis Fernando virou o “governador de fato”, dispondo de uma fantástica máquina de promoção pessoal, de aviões e helicópteros, de convênios para comprar aliados, de “governos itinerantes”. Ainda assim, os tais 25% ficaram bem distantes. Mesmo nas pesquisas contratadas pelo grupo Sarney, Luís Fernando não chega nem a 18%, com pontuações muito baixas inclusive em cidades importantes como São Luís (onde está em terceiro lugar), Imperatriz, Pinheiro e Caxias.
João Abreu: é o plano B de Roseana: tudo menos Lobão
João Abreu: é o plano B de Roseana: tudo menos Lobão
O fato é que Luís Fernando não se viabilizou. É um candidato insosso, sem charme e carisma, com um discurso chato em que só sabe falar de sua atuação na cidade de São José de Ribamar. Seus eventos no interior do Estado são esvaziados, sem entusiasmo, mal enchem uma pequena tenda – normalmente com pessoas que exercem cargos no governo do Estado.
Além disso, Luís Fernando tem na testa a terrível marca de Jorge Murad, que inventou essa candidatura, na tentativa de colocar um amigo íntimo no lugar da esposa. Quem não lembra que Jorge Murad vivia organizando eventos supostamente culturais em Ribamar, quando Luís Fernando era o prefeito?
Chegamos, assim, à ultima semana do ano com um consenso formado no grupo Sarney: Luís Fernando está fora da disputa de 2014. Entretanto, a oligarquia será obrigada a manter o seu nome até março, enquanto não acham uma saída minimamente competitiva.
E desta forma, Luís Fernando ficará exposto ao rigor desse inverno de sabotagens e boicotes até março, a não ser que resolva desistir antes.
Enquanto isso, o senador Sarney está em dúvida entre algumas opções:
1 – Tentar um novo “nome técnico”, cenário em que João Abreu – que está na fila há muito tempo – seria a opção mais forte.
2 – Tentar um nome com força na “classe política”, cenário em que João Alberto, Edison Lobão e Arnaldo Melo hoje são os mais fortes.
O papel de Eliziane Gama
Em paralelo, o grupo Sarney continua a incentivar abertamente a candidatura de Eliziane Gama, que eles consideram confiável e possível de ser cooptada. Nota na coluna do jornalista Cláudio Humberto, nesta semana, registrou o quando o velho cacique está fascinado com a deputada, ao ponto de passar a apostar fichas na candidatura de Eliziane, diante do fracasso do seu próprio grupo. Resta saber se Eliziane Gama, com fortes ligações com a oposição e com movimentos sociais, vai aceitar o canto das sereias da oligarquia e inviabilizar o seu futuro político com essa mancha.
E o PT? Como fica? 
Compondo a via crucis do senador Sarney e de Luís Fernando, em nível nacional só aumentam as dificuldades com o PT, principalmente depois de um desastrado piti que Roseana deu no velho e respeitado dirigente Rui Falcão, presidente nacional do PT, que já contou para dezenas de pessoas o triste comportamento coronelista da filha do coronel Sarney.
Para completar o quadro, o governo do Estado vive uma devastadora crise na segurança pública e no sistema penitenciário, atualmente monitorada pelo Conselho Nacional de Justiça, pela Procuradoria Geral da República e pela Organização dos Estados Americanos (OEA). Em Brasília, a cada matéria no Jornal Nacional, fala-se que uma intervenção federal no Maranhão é iminente e inevitável.
Esse é o cenário político do início de 2014 no Maranhão, em que Flávio Dino mantém uma liderança tranquila e consolidada em todas as pesquisas feitas nos últimos meses.
Raimundo Garrone

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Valeria do Manin há onze meses a frente da NOSSA prefeitura, não paga nem a conta de energia da administração.

Mesmo depois do vereador Wilson de Mirando ter denunciado que Manin, quando prefeito da vizinha Santa Quitéria teria deixado o mandato devendo a conta de energia daquele município o valor de R$ 680.000. A história se repete em Araioses, quando prestes a completar um ano de governo, a gestora despreza suas obrigações mais simples; como pagar a conta de energia. 

Até ai tudo bem, quem nunca deixou uma conta atrasar, embora considere 11 meses além do tolerável para qualquer valor. Mas o que nos deixa indignados foi à truculência como agiu a administração, que ao invés de pagar a conta, impedia os profissionais da CEMAR de realizar suas obrigações.

Será que Manin e a Prefeita Valéria são tão superiores e melhores que os araiosenses, que não podem ter sua energia cortada como qualquer cidadão quando deixa de pagar?

Populares afirmaram ouvir de Manin, que ninguém sabe a que cargo esse cidadão foi eleito em Araioses, bater no peito e duvidar quem seria capaz de subir no poste para cortar a energia da prefeitura. Pela segunda semana ele coagiu os profissionais da Companhia de Energia do Maranhão, colocando guardas ao redor do poste e impedindo a ordem de serviço da CEMAR. Tudo isso às claras em plena luz do dia, humilhando nossa população e desafiando o poder legislativo, que ao invés de ficar do lado do povo, da ética e da moral, sai em defesa do absurdo.

Por que nos parece que a justiça está tão silenciosa? Se um pai de família deixa de pagar sua conta mensal por lhe faltar até o pouco para o sustento da sua família. Esse cidadão tem seu fornecimento de energia cortado. Que exemplo daremos aos nossos filhos, que são obrigados a assistirem em sua terra um homem que não foi eleito a nada mandar mais que todo mundo como nos tempos dos coronéis?

Veja o vídeo e confira o método administrativo da nossa gestora.




Marcio Maranhão

sábado, 16 de novembro de 2013

Festival do Caranguejo tem inicio frustrante em Araioses

Organizado por quem sempre criticou o evento, o III Festival tem inicio com ar de comício e promoção pessoal do pai da prefeita.

Depois de o governo fazer tanta propaganda da megaestrutura, algumas poucas pessoas foram prestigiar o evento gastronômico do município e ficaram decepcionadas. “BONITO MESMO ESTAVA SÓ NAS FOTOS, MAS ONDE ESTÃO TODAS AS COISAS ANUNCIADAS PELO BLOGUEIRO DO GOVERNO?”. Reclamou uma visitante que se sentiu enganada pela propaganda e pelas fotos de como seria o Festival .

Outros que não estão felizes são os catadores de caranguejos, protagonistas da festa, mas que não foram muito prestigiados em seu próprio festival.

Comparem e vejam se está igual ou parecido com essas imagens apresentadas pelo blogueiro do governo.


Marcio Maranhão

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Com dificuldade de se renovar, clã Sarney vive crise no Maranhão

Após aproximadamente 50 anos de domínio no Maranhão, a família Sarney vive uma crise sem precedentes no Estado. Pela primeira vez em toda a sua história, o clã tenta reverter um quadro político desfavorável, faltando cerca de um ano para as eleições estaduais. Com dificuldade de se renovar e atrair novos quadros, o grupo ainda não encontrou a receita para manter o controle do capital político que começou a construir ainda na década de 60.
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Agência Brasil
O senador José Sarney e a filha Roseana, governadora do Maranhão
Nos bastidores, até mesmo os aliados mais próximos da família Sarney admitem que o grupo está perdido no que se refere à montagem de uma estratégia que permita derrotar seu principal adversário, o presidente da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), Flávio Dino. Pré-candidato ao governo do estado pelo PCdoB, Dino aparece em pesquisas internas com pelo menos 60% das intenções de voto.
Independentemente do resultado das eleições de 2014, os Sarney não têm um “herdeiro político” natural para manter a família no poder por muito tempo. Os próprios aliados admitem, em caráter reservado, que “o grupo envelheceu”.
Quadros importantes da família Sarney devem deixar a cena política a partir do ano que vem, seja pelo desgaste com a opinião pública local ou por conveniência pessoal. A própria Roseana Sarney (PMDB), ex-senadora e atual governadora do Maranhão, por exemplo, vive um dilema. Até agora, ela não decidiu se irá se dedicar a uma eventual candidatura ao Senado ou se vai encerrar a carreira política.
Cansada e com a saúde desgastada, Roseana vem reiterando a interlocutores que não gostaria de se submeter a mais uma eleição. Seu marido, Jorge Murad, conforme informações de pessoas próximas à família, também a pressiona a deixar os palanques em 2014.
A insistência para que ela se lance ao Senado parte basicamente de seu pai, o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). Ele enxerga nessa possibilidade a única chance de uma sobrevida política, tanto para a filha quanto para o clã. Mesmo assim, uma sobrevida enfraquecida conforme os aliados. Roseana é tida como a última figura carismática capaz de manter a união do grupo no Maranhão. Os aliados acreditam que, em Brasília, na condição de senadora, ela não teria condições de manter a articulação política capaz de sanar os costumeiros choques de interesses internos de integrantes do clã no Estado.
A interlocutores, Roseana também tem dito que só deixaria de fato o cargo de governadora para se candidatar ao Senado se conseguisse articular a eleição indireta de Luís Fernando Silva (PMDB), secretário de infraestrutura do Estado, no início do ano que vem. Silva foi escolhido por Roseana como candidato do governo para enfrentar Dino na disputa ao governo do Estado em 2014. A manobra para uma eventual eleição indireta de Silva foi antecipada pelo iG , em setembro.
Herança
A avaliação que existe hoje na família Sarney é a de que outros possíveis herdeiros não têm cacife suficiente para conseguir manter o domínio da família no governo do Estado. O deputado federal Sarney Filho (PV-MA), Zequinha, se lançará ano que vem mais uma vez a uma cadeira na Câmara. E o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), tem dito que quer apenas concluir seu mandato como senador e encerrar a vida política.
Entre os aliados, Zequinha é visto como “eterno deputado federal” e, segundo interlocutores, lhe falta carisma e força política para encarar uma disputa para o governo do Estado, por exemplo. Sarney Filho nem tem apoio nem mesmo dos sarneístas em uma eventual disputa majoritária.
Lobão chegou a ser sondado como candidato ao governo para o ano que vem e sempre foi apontado como o nome mais forte do grupo para uma disputa contra Dino. Preterido por Luís Fernando Silva, Lobão ainda é apontado como um “plano B” do clã caso o secretário de Roseana não consiga decolar na disputa contra Dino no ano que vem.
Existem duas versões para a desistência de Lobão na disputa pelo governo do Maranhão em 2014. A primeira: o ministro de Minas e Energia abdicou de uma eventual candidatura por cansaço pessoal e para não criar uma crise interna no grupo. Outras fontes afirmam que a história é completamente diferente. Apoiado por José Sarney, o nome de Lobão teria sido vetado pelo marido de Roseana, Jorge Murad.
Nos bastidores, fala-se que, em um eventual mandato de Lobão ao governo maranhense, quem daria as cartas no Estado seria Edison Lobão Filho (PMDB-MA), hoje mantenedor da cadeira do pai no Senado.
Sem apoio de Roseana, Lobão também deve se eximir de trabalhar por Silva na disputa do ano que vem. Aliados da família, no entanto, dizem que Lobão ainda tem boas chances de ficar na corrida, caso Silva não consiga atingir pelo menos 20% das intenções de votos até março de 2014.
Independentemente de ser candidato ou não, Lobão quer encerrar a carreira política em 2018, quando termina seu último mandato como senador. Edinho Lobão, idem. O filho do ministro fala a interlocutores que deixa a cadeira do Senado caso o pai reassuma o cargo ou em 2018, ou caso o ministro de Minas e Energia não volte à Casa. Edinho Lobão diz que ganha mais trabalhando por suas empresas no Maranhão que disputando cargos eleitorais. “É cansativo. A minha família sofre muito com esse translado Brasília x São Luís. São quatro dias fora de casa semanalmente. É complicado”, admitiu Lobão Filho ao iG .
Outro quadro da família Sarney que poderia ser uma esperança de sobrevida do clã no Estado, Adriano Sarney, neto de Sarney, também custa a ser visto como herdeiro político forte e não tem a bênção da tia, Roseana. Adriano participará da primeira eleição em 2014, como candidato a deputado estadual. Mas nos bastidores, especula-se que ele deve seguir o mesmo destino de Zequinha Sarney.
Mudanças
Tanto aliados quanto adversários admitem que a eleição de Jackson Lago (PDT), em 2006, que teve seu mandato cassado três anos depois, foi o primeiro indício de uma mudança de mentalidade do eleitorado maranhense. Agora, líderes sarneístas e de outras correntes políticas locais afirmam que o Estado vive um sentimento inédito de mudança, que deve se refletir radicalmente nas urnas em 2014.
“A própria classe política, que sempre baixou a cabeça para o grupo, tal poder que eles têm, já começa a duvidar que esse poder vá continuar”, alfinetou José Reinaldo Tavares (PSB), ex-governador do Maranhão e ex-aliado dos Sarney. “Há um enfraquecimento do ponto de vista político também. Pela primeira vez, há o maior número de prefeitos eleitos pela oposição e alguns deputados ligados historicamente ao grupo Sarney iniciam um processo de desfiliação”, diz o líder da oposição na Assembleia Legislativa do Maranhão, Rubens Pereira Júnior (PCdoB).
Nas pesquisas internas, encomendadas pelos principais candidatos, o cenário aponta que Dino tem aproximadamente 60% das intenções de voto, contra 15% de Luís Fernando Silva. Nas pesquisas espontâneas (quando o eleitor não é estimulado a apontar nome de um candidato), Dino aparece com 40% das intenções de voto; Silva, não passa dos 5%.
Conforme políticos locais, esse sentimento de mudança tem sido corroborado por falhas graves na administração Roseana. Reeleita em 2010 com a promessa de fazer “o melhor governo da vida”, Roseana é cobrada por problemas crônicos no Estado, como a explosão da violência – principalmente na capital, São Luís -, deficiência na saúde, atrasos de obras e o não cumprimento de promessas de campanha.
Em comparação com 2012, por exemplo, o número de homicídios em São Luís cresceu 23% nos nove primeiros meses do ano conforme dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-MA). Desses nove meses, oito foram marcados por recordes históricos mensais do número de assassinatos.
Algumas obras do governo do Estado arrastam-se por anos a fio, como uma avenida chamada Via Expressa, em São Luís, uma das principais promessas de campanha de Roseana. A avenida, cujo projeto é ter 9 km de extensão, começou a ser construída em abril de 2011 e deveria ter sido inaugurada em setembro do ano passado, em comemoração aos 400 anos da capital maranhense. Inicialmente prevista em R$ 109 milhões, a obra já teve suplementação orçamentária de R$ 7 milhões e prazo dilatado para o final de 2013. Dos R$ 116 milhões que serão gastos na obra, R$ 20 milhões foram alocados pelo Ministério do Turismo.
Máquina governamental
Mesmo em desvantagem nas pesquisas e tendo que defender um governo com tantos problemas, tanto sarneístas quanto oposicionistas reconhecem que, se a derrota nas urnas de fato ocorrer, não irá necessariamente significar uma derrota definitiva do clã Sarney.
A frase dita tanto por membros do governo, quanto pela oposição é que, desde quando Sarney assumiu Maranhão, nunca um candidato do governo perdeu um processo eleitoral. “Quem tem a máquina administrativa, sempre fez seu sucessor” é o mantra repetido nos corredores do Palácio dos Leões, sede do governo do Maranhão. “O grupo vê (as eleições de 2014) com um otimismo que me assusta. Eu vejo com moderação. Mas a história mostra que quem detém o poder, detém votos”, admite o líder do governo Roseana na Assembleia Legislativa, César Pires (DEM).
“O nosso medo para o ano que vem é quanto a possíveis abusos da máquina administrativa do Estado. Por isso que estamos vigilantes desde agora”, afirma Rubens Júnior. “Eu acho que esse discurso do fim do ciclo, o povo do Maranhão tem escutado já há muitos anos”, avalia o líder do PMDB na Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Roberto Costa. “O que o povo do Maranhão tem mostrado na hora da eleição é completamente diferente do que pensa a oposição. É dando o direito de nós continuarmos fazendo um governo pelo povo do Maranhão”, complementa Costa.
Por Wilson Lima (portal iG)

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Depois de adiada, audiência publica do IFMA acontecerá neste sábado.

O encontro inicialmente previsto para ocorrer dia 18, foi adiado e acontecerá somente neste sábado 19, às 8 horas no colégio Ateneu São José. A razão é o clima de comoção pela perda da servidora contrata do Município de Araioses, Silvana Coelho.

Nós da redação do blog Marcio Maranhão e do site Cidade Diário, nos unimos a todos os amigos e familiares e lamentamos a passagem da excelente profissional e colega comunicadora, o que justifica totalmente o adiamento desta importante reunião para todos os araiosenses.

O que nos intriga e nos faz questionar, é o fato da transferência de uma audiência tão importante de um auditório grande, novo, com ar condicionado e cadeiras confortáveis ser transferido para outro, que não possui nenhuma dessas qualidades tão necessárias para uma reunião desse porte.

Esta Audiência Publica tem uma importância inimaginável para todos nós araiosenses e pelo tempo que será necessário para a discussão, apresentação dos eixos tecnológicos, esperava mais dedicação e cuidado por parte da administração de Valeria e Manin com o local e conforto dos participantes.

Passada a decepção fica a impressão que, na minha singela opinião, parece que os executivos de Araioses querem esconder alguma coisa no Tudes da população. Mas antes que me apresentem outra ação judicial, explico: Eu mesmo estive junto com a equipe que registrava até o dia 31 de dezembro de 2012, como estava sendo entregue as instalações dos prédios públicos. E sou testemunha que foi entregue para a nova administração um colégio Tudes muito bem equipado, com quadros e cadeiras novas, mesas para alunos e professores, além de vários outros equipamentos e um auditório moderno e todo equipado. E pelas noticias que sabemos nada parece ser o mesmo em apenas 10 meses de administração. Vejam as imagens.





E transferir a Audiência Publica para o auditório do Ateneu, me pareceu muito conveniente, assim, qualquer critica pelas instalações seriam para o estado e não respingaria nos governantes municipais.


Então é isso, uma opinião... Desejo que audiência seja um sucesso e que o governo municipal dê mais transparência nos seus atos e deixe de processar os poucos que tem a coragem de questionar.


Marcio Maranhão

domingo, 13 de outubro de 2013

Ridículo o comentário do blogueiro do governo, se referindo a Dra. Luciana Trinta e Dr. Remi

Além de lhe faltar autoridade moral para tecer impressões a respeito do ex-deputado Remi, homem de bem, de responsabilidade nos serviços prestados ao Maranhão e que já provou nos fóruns competentes a sua lisura de caráter. 

Um ficha limpa que pode dispor seu nome, se assim o desejar, para qualquer pleito eleitoral. 

É vergonhoso que alguém para fazer jus ao seu salario de fome (veja a quanto se submete esse blogueiro), se presta a servir de pau mandado para injuriar e caluniar pessoas de bem.

Quanto Dr. Remi, pelo muito que já fez por Araioses, assim como Dra. Luciana merecem respeito, pelos inestimáveis serviços prestados nessa terra, coisa que este suposto comunicador "da vida alheia" e seus mandantes nunca foram capazes de fazer.

É a liderança de Dra. Luciana e Dr. Remi que os incomodam. O que este certo cidadão deve fazer é se recolher à sua insignificância; de modo a respeitar as pessoas que não desejam e nem devem se misturar à lama de onde esse pulha se encontra permanentemente. Há um limite para tolerar mau caráter.

Dra. Luciana e Dr. Remi vem aí, para desespero dos que não amam Araioses e para satisfação da boa gente desse município.



Marcio Maranhão
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