Se isso que Temer está fazendo com os deputados não é corrupção, não sei mais o que é corrupção.
Ele, que nunca deixou de ser presidente da Câmara mandou listar os deputados aliados que votaram contra a reforma trabalhista.
E determinou que os empregos que ganharam no governo serão anulados.
Primeira constatação: deputados que receberam cargos por votar a favor do impeachment e achavam que a barganha terminava ali estavam completamente enganados.
Agora estão sabendo que o pagamento pelos cargos não se esgotou na deposição da presidente Dilma, é um dízimo que só termina quando o governo Temer terminar.
Ao nomear alguém indicado pelo deputado, Temer o recompensou; ao demitir vai castigá-lo.
Ou seja: Temer está usando cargos que são do estado para comprar votos para o seu governo.
Em que isso é diferente de um candidato que paga pelos votos que irá receber na urna?
O mais chocante é que atos de compra de votos geralmente são realizados nas sombras, mas essas manobras de Temer são feitas à luz do dia, em reuniões que constam da agenda e as notícias saem nos jornais.
Se faltava algum ato inerente à sua gestão para justificar o impeachment de Temer aí está um.
E as provas são abundantes.
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