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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Quanto custou? Será Bolsonaro o primeiro presidente a ganhar a presidência na câmara e senado de forma honesta?

Não é difícil encontrar em uma breve busca nos portais de notícias inúmeras acusações do grupo de Bolsonaro e bolsonaristas, que negociações do executivo, principalmente dessa envergadura, sempre tiveram negociações nada republicanas. E como perguntar não é crime, agora que estão no poder, como conseguiram fazer o presidente das duas casas legislativas? Será que encontraram finalmente um jeito honesto de negociar com o congresso?



Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho e para o Jornalistas pela Democracia - Métodos e manobras à parte, o fato concreto é que o governo Bolsonaro fez barba, cabelo e bigode nas eleições para a direção do Congresso Nacional.

Se não fossem os desatinos e as trombadas entre os quatro feudos do governo (militares, lavajateiros, ultraliberais e olavistas), Bolsonaro teria céu de brigadeiro para começar a governar, com os outros dois poderes sob controle e a oposição desmantelada.

Quando voltar da cirurgia, o presidente vai encontrar uma Brasília dócil e submissa, disposta a atender todos os seus desejos.

Com a faca e o queijo na mão, poderá aprovar a toque de caixa a reforma da Previdência, caso seus fundamentalistas fanáticos sosseguem o facho e não atrapalhem.

Para isso, conta com a boa vontade de Rodrigo Maia, que deu um passeio na eleição para a Câmara, e um Senado sem Renan Calheiros na presidência, agora com o desconhecido Davi Alcolumbre teleguiado por Onyx Lorenzoni, que já está costurando uma aliança do PSL com o PSDB.

Nada de "nova política", portanto. Em certos casos, mudaram só as moscas; em outros, nem isso.

Os maiores problemas para Bolsonaro continuam dentro do seu governo, com o vice, o falante general Mourão num papel nada decorativo, muito ao contrário, e o PSL em pé de guerra brigando por nacos de poder.

O que virá depois dos 100 dias de lua de mel é outra história, mas de qualquer forma sua situação é muito mais tranquila do que a de Dilma Rousseff, que iniciou o segundo mandato já enfrentando a guerra aberta para derrubá-la, comandada por Eduardo Cunha na presidência da Câmara, em parceria com o MDB de Michel Temer e o PSDB de Aécio Neves.

Para superar sem maiores traumas este período, o capitão reformado precisará controlar seus três filhos parlamentares, domesticar o PSL e torcer para que não avancem as investigações sobre as ligações dos Bolsonaros com a milícia carioca, uma tarefa aos cuidados de Sergio Moro.

É o que temos para o momento, enquanto o presidente se recupera da cirurgia.

Vida que segue.

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