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quinta-feira, 15 de junho de 2017

FALSO MORALISMO TUCANO DEIXA LEGIÃO DE ÓRFÃOS

247 – Nunca foi tão difícil ser simpatizante do PSDB como neste idos de 2017. Um ano depois de um golpe parlamentar que arruinou a economia brasileira, liderado pelo senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e feito "só para encher o saco", os tucanos perderam também o discurso moralista que usaram como trampolim político nos últimos anos.

Nesta semana, quando muitos esperavam que o PSDB entregasse seus cargos no governo de Michel Temer, que será denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção, organização criminosa e obstrução judicial, a cúpula tucana fechou um acordo com o PMDB de proteção mútua. De um lado, o PSDB dá votos a Temer no Congresso. De outro, os peemedebistas impedem a cassação de Aécio, pego num esquema filmado e gravado de propinas de R$ 2 milhões da JBS.

Tamanha lassidão moral causou profundos danos à imagem do partido. O ex-ministro Miguel Reale Júnior, um dos autores da peça jurídica das pedaladas fiscais, usadas para justificar o golpe, se desfiliou do PSDB, alegando ser impossível continuar ligado a um partido tão frouxo eticamente. A advogada Janaina Paschoal, co-autora da peça, defendeu a prisão de Aécio.

Na mídia mais alinhada ao PSDB, a decepção foi também gigantesca. Tanto o jornal O Globo, de João Roberto Marinho, como seu colunista Merval Pereira se posicionaram contra o pacto espúrio firmado entre tucanos e peemedebistas.

Para completar, a lista de órfãos do falso moralismo tucano também atingiu diversas personalidades do mundo do entretenimento, como Luciano Huck, Marcelo Madureira e Márcio Garcia, que passaram a integrar a lista de ex-amigos de Aécio. Garcia disse que a decepção foi gigantesca e comparável à de encontrar sua mulher na cama com outro amante.

Mas já dava para desconfiar de Aécio, Temer e companhia, não é?

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